A regulamentação da criação e do transporte das colônias, além da comercialização do mel, foi um dos principais temas abordados durante o 10º Seminário Paranaense de Meliponicultura. O evento, realizado nesta sexta-feira (25/11) na Unespar/Fecea, reuniu produtores de 14 municípios paranaenses e também um da região de Artur Nogueira (SP).

Além de Apucarana, o seminário teve ainda participantes de Marechal Cândido Rondon, Cambé, Pinhais, Barbosa Ferraz, Mandirituba, Sarandi, Califórnia, Mauá da Serra, Curitiba, São José dos Pinhais, Novo Itacolomi, Arapongas e Antonina. O evento é uma promoção da Câmara Técnica da Meliponicultura do Estado do Paraná, em parceria com a Associação Apucarana de Meliponicultura (Aamelipo), Emater e a Secretaria Municipal de Agricultura.

O prefeito de Apucarana, Beto Preto, disse que o município está incentivando a criação de abelhas nativas, através da implantação do Programa Municipal de Meliponicultura (Promelipo). “Estamos falando desse assunto já desde o início da gestão, em 2013. Entretanto, há alguns entraves que precisam ser superados na questão dos registros. É necessário que haja a regulamentação para dar vazão à produção”, avalia Beto Preto.

O seminário contou com palestras, oficinas, mesa redonda e feira de meliponicultura. Vagner Arnault, chefe-adjunto do Departamento de Zootecnia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), falou sobre o tema do seminário: Abelha sem ferrão: natureza e geração de renda. “A Câmara Técnica da Meliponicultura do Estado do Paraná apresentou há cerca de quatro anos uma proposta no IAP para a regulamentação da criação, comercialização e transporte das colônias. E, recentemente, no mês de maio, foi apresentada à Secretaria de Estado da Agricultura a proposta de regulamentação da comercialização do mel”, frisa Arnault.

Porém, a legalização ainda não aconteceu, enquanto em outros estados já ocorreram avanços. “No mês passado, o Estado do Amazonas publicou a instrução normativa que foi baseada no documento apresentado em maio pela Câmara Técnica da Meliponicultura do Estado do Paraná”, compara Arnault, cobrando mais celeridade por parte do governo do Estado do Paraná.

O seminário, que estava previsto para acontecer ao longo do dia, contaria ainda com a palestra “Abelha sem ferrão: diversidade e identificação”, a cargo de Favízia Freitas de Oliveira, da Universidade Federal da Bahia, e com a webconferência “A natureza pede socorro”, transmitida por Paulo Nogueira Neto, do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conana), além de oficinas sobre a abelha jataí e resgate das abelhas sem ferrão.

Publicações Recomendadas