O Dia Nacional da Luta Antimanicomial foi marcado hoje (18), em Apucarana, com ações na Praça Valmor Santos Giavarina (Praça da Onça) para apresentar e divulgar a população os serviços ofertados pelo Departamento de Saúde Mental da Autarquia Municipal de Saúde (AMS). A equipe de profissionais do setor ficou a disposição da população para informações, enquanto pacientes (usuários do serviço) protagonizaram apresentações musicais e de poesia.
A programação se estendeu para o período da tarde, com a palestra sobre o tema “Economia Solidária”, proferida por Renato Eder Munhoz, especialista em economia solidária e cooperativismo. “A Economia Solidária faz parte da política de saúde mental, uma vez que os usuários do serviço são envolvidos em atividades de trabalhos manuais. O artesanato comprovadamente ajuda no tratamento”, afirma a coordenadora do Departamento de Saúde Mental da AMS, Karinne Mareze Carleto.
As peças de artesanato feitas pelos usuários do serviço são comercializadas na Associação dos Usuários, Familiares, Trabalhadores e Amigos da Saúde Mental de Apucarana (AUFTASMA), que funciona no andar térreo do platô da Praça Rui Barbosa. A renda é revertida aos próprios usuários.
Com um quadro de 700 pacientes entre crianças, adolescentes e adultos, a rede pública de saúde mental de Apucarana oferece cuidado integral ao usuário através do Centro de Atendimento Psicossocial Infanto Juvenil de Apucarana (CAPS IJ), Centro de Atendimento Psicossocial de Apucarana Álcool e Drogas (CAPS AD), CAPS do Vale do Ivaí “Nova Mente”, em Cambira, onde são atendidos casos de apucaranenses com transtorno mental grave e persistente; e ainda através do ambulatório do Departamento de Saúde Mental da AMS.
Inaugurado em novembro de 2008, o CAPS IJ busca o resgate da cidadania das crianças e adolescentes atendidos. O CAPS IJ conta hoje com 300 pacientes de até 18 anos, enquanto o atendimento do CAPS AD ultrapassa a 400 pessoas.
A Reforma Psiquiátrica, em vigor no país a partir da lei 10216, de 2001, estabelece os direitos e deveres da pessoa com transtorno mental, com ênfase a uma nova forma de tratamento em que é mais trabalhada a inserção, com suporte social e familiar.
 
 

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