Atendendo uma média de 15 mil pacientes, a rede de atendimento do Departamento da Saúde Mental da Autarquia Municipal de Saúde (AMS) comemorou nesta semana o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, celebrado no dia 18 de maio, com o anúncio de uma estatística positiva nesta área da saúde pública do município. “Há mais de um ano não realizamos internações. Praticamos uma metodologia de tratamento com foco na inserção, com suporte social e familiar”, informa a coordenadora de saúde mental da Autarquia Municipal de Saúde, Lilian Ferreira Domingues.
Dessa maneira, justifica Lilian, “conseguimos uma maior efetividade no tratamento, com a melhora da saúde sem internação, sem exclusão e menor dano na qualidade de vida do paciente.”
Em 2014, a AMS iniciou a reestruturação da rede de atendimento da saúde mental, voltado para um cuidado mais humanizado, feito em liberdade em que o paciente seja acompanhado com medicação em deixar seu convívio familiar, sem deixar seu trabalho.
A nova conduta, explica Lilian, está em sintonia com a Reforma Psiquiátrica em vigor no país a partir da lei 10.216, de 2001. Essa reforma estabelece os direitos e deveres da pessoa com transtorno mental, com ênfase a uma nova forma de tratamento em que é mais trabalhada a inserção, com suporte social e familiar, rompendo com o modelo exclusivo de tratamento em hospitais psiquiátricos, como os antigos manicômios.
Hoje, a rede pública de saúde oferece cuidado integral ao usuário através do Centro de Atendimento Psicossocial Infanto Juvenil de Apucarana (CAPS IJ), Centro de Atendimento Psicossocial de Apucarana Álcool e Drogas (CAPS AD), CAPS do Vale do Ivaí “Nova Mente”, em Cambira, onde são atendidos casos de apucaranenses com transtorno mental mais graves; e ainda através do ambulatório do Departamento de Saúde Mental da AMS.
 
Dia Nacional de Luta
 
Na última quinta-feira (18), usuários e funcionários da rede de Saúde Mental da Autarquia Municipal de Saúde se reuniram no pólo da Universidade Aberta do Brasil (UAB) para comemorar o Dia Nacional de Luta Antimanicomial. As manifestações, seja através de depoimentos de pacientes e cartazes com dizeres “Prender não é tratar”; “Manicômios Nunca Mais”; “Liberdade é o melhor remédio”; “Trancar não, acolher sim”, remetiam a defesa do tratamento livre de internação.
Rita de Araújo, 46 anos, quis usar o microfone no evento para manifestar seu contentamento com resultados do tratamento que recebe na rede saúde mental da AMS. “Tinha muito desmaio e sempre precisava ser internada, mas desde agosto do ano passado que não entro mais no hospital. Tomos meus remédios de manhã e de noite e agora estou bem. Sou outra mulher, graças ao tratamento correto que estou recebendo”, declarou.
 
 
 
 
 
 
 
 

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