Desde 2013, Apucarana realiza a campanha internacional com atividades como encontros e , fóruns, com o objetivo de sensibilizar a população sobre o grave problema da violência contra a mulher – que acomete uma mulher a cada 24 minutos no Paraná.
A cidade é considerada modelo no Estado por dispor de uma rede de atendimento com serviços especializados como Delegacia da Mulher, Secretaria da Mulher e Centro de Atendimento à Mulher (CAM), que oferece gratuitamente serviços na área de advocacia, psicologia e serviço social.
Mesmo durante o período de pandemia, os atendimentos não cessaram e foram tomadas todas as medidas de prevenção ao novo coronavírus. Apucarana é uma das sete cidades do Paraná, entre os 399 municípios, a dispor de um organismo de políticas públicas para mulheres, que oferece serviços de atendimento e acompanhamento às mulheres em situação de violência doméstica. Apenas 20 possuem Delegacias da Mulher, uma delegacia para cada 570 mil habitantes. Somente este ano, o CAM atendeu 3.576 mulheres enfrentando violências.
A delegada da Mulher, Sandra Nepomuceno, destaca a importância da cidade como modelo de atendimento à mulher em situação de violência doméstica. “Apucarana é sempre a primeira cidade do interior do Estado a receber projetos pioneiros, como o Cemsu (Central de Medidas Socialmente Úteis), do Poder Judiciário, que visa dar atendimento e atendimento ao agressor, que precisa de tratamento também para não voltar a praticar violência contra a mulher”, explica.
O prefeito Junior da Femac assegura que toda a estrutura de apoio no combate à violência contra a mulher terá continuidade em Apucarana. “É inaceitável este tipo de conduta na sociedade e vamos seguir dando todo o suporte possível do poder público neste enfrentamento”, assinala Junior da Femac.
Para a secretária da Mulher e Assuntos da Família, Denise Canesin, “nesses 16 dias da campanha queremos mostrar à população que um de nossos objetivos é a desnaturalização da violência doméstica – que não é normal, nem natural. Mesmo a violência mais velada, a violência emocional, mais sutil, causam malefícios à mulher, que adoece física e psiquicamente”, diz a secretária. Para ela, “Apucarana tem destaque no Paraná por dispor de um organismo público e uma rede de atendimento à mulher em situação de violência, uma Patrulha Maria da Penha, a Delegacia da Mulher e o Poder Judiciário, além de termos a adesão e compromisso da administração municipal, que nos apoia de modo incondicional”, afirma Denise.
Efeitos
Entre os danos que a violência doméstica causa à mulher, pesquisas destacam que os mais comuns e severos são depressão e estresse pós-traumático, ansiedade e síndrome do pânico, isolamento social, baixa autoestima, irritabilidade e crises de choro, insônia e pesadelos, problemas de concentração e memória, raiva e nojo de si mesma, pensamentos de morte e consumação do suicídio.
História da campanha
Em 1991, 23 mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres, lançaram a Campanha dos 16 dias de ativismo com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo. Elas escolheram um período de datas históricas, marcos de luta das mulheres, iniciando a abertura da Campanha no dia 25 de novembro – declarado pelo I Encontro Feminista da América Latina e Caribe (em 1981) como o Dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres – e finalizando em 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos. Desse modo, a campanha vincula a denúncia e a luta pela não violência contra as mulheres à defesa dos direitos humanos. Hoje, cerca de 130 países desenvolvem a Campanha, conclamando a sociedade e seus governos a tomarem atitude frente à violação dos direitos humanos das mulheres.
Se você presenciou algum tipo de violência contra a mulher, denuncia, faça sua parte! A Rede de Atendimento à Mulher não pára!
DENUNCIE 180
CAM 0800 645-4479 (43) 3422-4479
 

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