A Indicação Geográfica (IG) é o reconhecimento de que uma região produz um produto diferenciado, sendo considerada uma porta aberta para o mercado externo. Apucarana deu o primeiro passo rumo a este objetivo, com uma reunião de apresentação do projeto que ocorreu nesta semana na sede da Cooperativa dos Cafeicultores do Pirapó (Coocapi).

Estiveram presentes André Maller, Engenheiro Agrônomo da Secretaria de Agricultura de Apucarana, Marco Casini Sanches, representando o Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR), e Nilton Fornaciari, presidente da Coocapi. Também estiveram presentes Norberto Pena dos Santos, secretário de Agricultura do Município de Cambira, e Cleber Torres, vereador de Cambira.

O prefeito Junior da Femac avalia que Apucarana reúne todos os requisitos necessários para a obtenção da certificação. “Temos tradição na produção cafeeira, que está intimamente ligada à história de colonização do Município. A cultura está fortemente atrelada ao associativismo e ao cooperativismo, com entidades organizadas e estruturadas. Além disso, existe o mérito da qualidade do café, alcançado pelos cuidados no cultivo e por condições favoráves de clima e solo”, frisa Junior da Femac.

Conforme André Maller, a IG é uma patente concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), dentro de um processo que conta com a participação do Sebrae. “O objetivo é que o café de Apucarana seja oficialmente reconhecido como um produto diferenciado, o que abrirá as portas para o comércio exterior, trazendo reflexos positivos também para o turismo no Município”, pontua Maller.

O engenheiro agrônomo cita como exemplos de IG o da erva mate, em São Mateus do Sul (PR), e o do socol (embutido de carne suína), de Venda Nova do Imigrante (ES). “Na área da cafeicultura, temos o IG do sul de Minas Gerais e do cerrado mineiro”, completa, acrescentando que o IG do café de Apucarana não ficará restrito aos limites de Apucarana e poderá abranger também municípios próximos.

Após a apresentação do projeto, os próximos passos são a instalação de uma governança e a celebração de um convênio com o Sebrae. “As etapas do processo, que é auditado pelo INPI, buscarão esse reconhecimento da qualidade do café de Apucarana, dando visibilidade ao produto, trazendo oportunidades a serem trabalhadas e atraindo os olhares dos compradores internacionais e também de turistas”, projeta Maller.

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