As secretarias municipais da Mulher e Assuntos da Família, a de Esportes, e o Centro de Apoio Multiprofissional ao Escolar (Came), da Autarquia Municipal de Educação, participam, ao lado da Federação Paranaense de Síndrome de Down e o curso de medicina da Unicesumar, das celebrações do Dia Internacional de Síndrome de Down, que acontece em 21 de março. A data foi escolhida por fazer referência às três cópias do cromossomo 21 que aqueles que têm Down apresentam.

No Dia Internacional, as pessoas que vivem e trabalham com aqueles que possuem a T21 (trissomia do cromossomo 21) – responsável por 95% dos casos de Síndrome de Down – reúnem-se ao redor do mundo e participam de atividades que objetivam aumentar a conscientização pública acerca da questão, criando uma voz global que, em uníssono, defende os direitos, a inclusão e o bem-estar das pessoas com Down.

Em Apucarana, a Associação Download tem 60 famílias e tenciona informar melhor a população sobre a incidência de Síndrome de Down, cerca de uma a cada 700 nascimentos. Estima-se que na cidade haja até 194 portadores da síndrome.  “Há muito desconhecimento sobre a T21 e, por isso, criam-se mitos e discriminação. Nós usamos o termo “capacitismo” para nos referirmos ao preconceito em relação às pessoas com deficiência”, afirma Liana Bassi, vice-presidente da Associação Download. ”Por isso o mês de março é para dar visibilidade às pessoas com T21, enfatizando suas potencialidades”, explica.

Além da vice-presidente, Larissa Bassi Piconi, filha de Liana e mãe de Joaquim, de 4 anos, esteve no Salão Nobre da Prefeitura, onde foi feito o lançamento da campanha “Conectados pela inclusão”. Outros membros da associação participaram por teleconferência.

Para Larissa, o que acontece com os portadores da Síndrome de Down é o fato de que as regras sociais são estabelecidas por pessoas que não são portadores de deficiência (PcD) d, por isso, “a deficiência não está no indivíduo, mas na relação deste indivíduo com a sociedade. Precisamos criar condições de acesso e participação para essa pessoa”, defendeu. “Precisamos de uma sociedade inclusiva, onde todos caibam.”

Transversalidade

A extensa programação inclui palestras, rodas de conversa, caminhada individual, reuniões, lançamento de Lei Municipal, encontro com professores e até mesmo discussão dos dilemas e desafios para a mulher de maternidade atípica. “A Lei Municipal que vamos lançar em 21 de março obriga os estabelecimentos de saúde e hospitais a comunicar imediatamente o nascimento de crianças com T21 às associações e entidades que atuam com essa demanda em nossa cidade”, diz o prefeito Junior da Femac.

Para a secretária da Mulher Denise Canesin, esta é uma parceria inovadora. “Há uma transversalidade nas políticas públicas para atender às necessidades dos portadores de T21. As famílias não podem ser negligenciadas e as pessoas com Down precisam ter a chance de viver saudavelmente e ter o menor número possível de limitações”, afirma a secretária.

A Associação Download participa da campanha do Mês da Mulher e a secretaria da Mulher, por sua vez, intermedia duas ações: uma com os residentes da Autarquia Municipal de Saúde, sobre os “Desafios da maternidade atípica” e outra com os estudantes de psicologia, fisioterapia e pedagogia da FAP sobre “O que todos precisam saber sobre a T21”.

 

 

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