A Faculdade de Apucarana (FAP), com apoio da Prefeitura de Apucarana através da Secretaria da Mulher e Assuntos da Família, realizou na noite desta terça-feira (23), no Cine Teatro Fênix o II PSICON.
“O PSICON é um evento que tem como objetivo conscientizar as pessoas em relação à cultura, e a importância de se trabalhar a questão afrodescendente em todas as esferas. E que através da educação a consciência de igualdade racial, saia dos ambitos de discussão acadêmica e adentre a sociedade. A partir da implantação da lei 10.639, houve a inserção no currículo escolar, da cultura afro-brasileira e africana. E com essa lei todas as escolas e universidades passaram a trabalhar esse tema”, informou Camila Bolonhezi organizadora do evento e professora da Fap.
A Secretária da Mulher e Assuntos da Família, Denise Canesin Moisés Machado que representou o prefeito Beto Preto, falou do trabalho da secretaria em torno do tema do evento. “A secretaria trabalha com políticas publicas para mulheres, abordando entre elas a temática da igualdade racial. Dentro da estrutura da secretaria existe o CAM (Centro de Atendimento a Mulher), onde atende mulheres com direitos violados ou em situação de violência domestica, e entre elas, muitas são negras”, destaca a secretária.
Denise ainda expõe sobre o preconceito contra a mulher negra: “A mulher negra encontra ainda mais preconceito a exemplo: o mercado de trabalho. Os números mostram que a nível de Brasil que mulher negra também sofre mais violência doméstica. Por isso na secretaria nos trabalhamos com o empoderamento da mulher negra”, afirma.
O padre José Cristiano Bento dos Santos, da paróquia Nossa Senhora Aparecida de Londrina, fez uma palestra abordando o tema Afrobetização. “O afrobetizar surgiu da necessidade de trabalhar uma pedagogia diferente, que fizesse com que as crianças descobrissem o próprio corpo através de reconhecer a beleza de ser negro” explicou o padre.
Para o diretor da Faculdade de Apucarana (FAP), Lisandro Rogério Modesto, “Falar do negro é muito interessante, porque dizem que é uma minoria, mas na realidade no Brasil hoje, são 54% de negros, pretos e pardos. Então não é uma minoria e sim a maioria” afirma o diretor.
Além da palestra houve apresentação artística dos alunos sobre o tema.

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