O Programa de Economia Solidária, da secretaria da Mulher e Assuntos da Família (Semaf), formou, nesta sexta-feira (21/02), mais 38 empreendedoras e empreendedores econômico-solidários, na 38ª turma de capacitação, a primeira de 2020. Todos receberam, no Polo UAB, o certificado de conclusão do curso de 20 horas – e, com ele, o passaporte para integrar a Rede de Mulheres Solidárias, que hoje abrange 933 mulheres e tem 13 pontos de comercialização distribuídos por Apucarana.
O prefeito Júnior da Femac esteve na formatura. Ele destacou que os presentes queriam ser donos da própria vida, usando o talento que tinham. “Nosso papel é dar condições para que esses talentos floresçam, e isso significa ter pontos de comercialização, escola, curso, formação. Mas, sobretudo, apoio mútuo, contar uns com os outros. É isso que nossa gestão vem fazendo, desde 2013”, disse. O prefeito afirmou ainda que a economia solidária terá novos pontos de venda no Parque da Raposa e na Praça Mauá.
A superintendente da Semaf, Bete Berton, ressaltou que o curso é apenas a primeira etapa na formação das futuras empreendedoras econômico-solidárias. “Temos ainda uma jornada pela frente, de aperfeiçoamento constante de conhecimentos. Precisamos trabalhar conceitos de marketing, de precificação, de rede de contatos.”
Ao longo dos cinco dias do curso ministrado pela superintendente da Semaf,  os alunos receberam duas convidadas: a professora Tania Rissa, da Unespar, que falou sobre educação financeira, e a agente de endemias da Autarquia Municipal de Saúde Maura Fernandes, que discorreu sobre a situação da dengue em toda a região e ensinou como se prevenir da doença.
Capazes A lavradora Luzinete Mendes, uma das concluintes, declarou ter gostado muito do curso. “Achei maravilhoso, aprendi muita coisa, a professora explica muito bem.Todos os dias que fiquei aqui aprendi uma coisa nova.” Ela quer comercializar as frutas, verduras e hortaliças que planta em sua chácara e disse estar muito esperançosa que a economia solidária abra portas para ela.
A confeiteira Francielle Ferreira Mendes concorda com Luzinete. “O curso foi excelente, tanto no conteúdo como na forma de passar o conhecimento. Além disso, agrega pessoas e mostra que todo mundo é capaz de trabalhar com o próprio dom. O curso abre a mente e também mostra que a mulher é capaz de fazer um trabalho de qualidade e ajudar a renda da família. Recomendo, com certeza”, disse. Tayná de Oliveira Romanczak, estudante de administração de empresas, gostou igualmente da capacitação. “O foco no empreendedorismo foi muito interessante. Também aprendi sobre a autogestão e o foco no grupo”, declarou.
Denise Canesin, secretária da Mulher, salientou a equidade entre os gêneros. Disse que, por trás do protagonismo feminino e geração de renda, está uma política pública “em que homens e mulheres tenham o mesmo valor, desnaturalizando as diferenças que costumam haver entre eles.”
Conceitos  Os empreendimentos econômico-solidários abrangem áreas como artesanato, confecção, beleza e estética, gastronomia, plantas medicinais e ornamentais, e ainda produção orgânica de hortifrutis. Os conceitos-chave da Economia Solidária são autogestão, cooperação, solidariedade, sustentabilidade e viabilidade econômica. Atualmente, os produtos dispõem de 12 espaços de comercialização na cidade.
Serviço Quem estiver interessado em participar da próxima capacitação da Economia Solidária deve ir ao Espaço Mulher, na Rua Oswaldo Cruz, 432, ao lado da Casa da Gestante.

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