A partir de abril, a tarifa do transporte coletivo de passageiros de Apucarana passará dos atuais R$3,60 para R$3,00. A redução, que vai atender diretamente a cerca de 20 mil usuários do sistema, foi definida nesta terça-feira (30/03) pelo prefeito Júnior da Femac, em conjunto com os vereadores da base.

Para entrar em vigor, a medida precisa passar por votação na Câmara Municipal. “Apucarana pode ter absoluta certeza de que tem uma prefeitura, e oito vereadores que compõem a nossa base, que pensa na população. Essa proposta de lei foi discutida e idealizada para fazer a diferença na ponta, na mesa das famílias dos trabalhadores que, com a economia que vão obter ao pagar menos pelo transporte diário e poderão adquirir mais alimentos”, disse o prefeito Júnior da Femac, pontuando que R$3,00 era a tarifa praticada no município há 4 anos.

O projeto de lei que regulamenta a concessão do subsídio deve começar a ser apreciado a partir desta quarta-feira (31/03) em sessões extraordinárias. Durante a reunião, Júnior dividiu sua angústia com vereadores e secretários municipais diante do avanço da pandemia e do “empobrecimento” da população. “Vivemos o pior momento da pandemia, com recorde de óbitos, pessoas de diferentes idades adoecendo com a doença que tem nova e mais contagiosa variante circulando entre nós. Tudo está subindo de preço, os alimentos, o combustível. Os governos Federal e Estadual já promoveram suas políticas de auxílio. A força da prefeitura não é muita, mas analisamos juridicamente qual a medida legalmente possível e a redução da tarifa foi o caminho”, pontuou o prefeito Júnior da Femac.

“Pode parecer pouco, mas para uma família que tem duas, três pessoas que usam o transporte diariamente, significa mais R$60 ou R$90 no bolso para ser gasto no comércio local em alimentos, remédios”, disse o prefeito, lembrando que a medida também beneficia indiretamente a economia local. “O mercadinho, a panificadora, o pequeno comércio de bairro onde as pessoas adquirem o alimento, o pão diário. O dinheiro permanece girando na cidade”, comentou.

O impacto nas contas municipais até o dia 31 de dezembro, prazo previsto para durar o subsídio municipal, será na ordem de R$2,5 milhões. “A concessionária VAL vai continuar recebendo R$3,60 por cada tarifa. Os R$0,60 serão arcados pela prefeitura até o final do ano”, esclarece o prefeito Júnior da Femac. De acordo com ele, os recursos serão do caixa próprio. “O dinheiro que será empregado no subsídio da tarifa estava reservado para obras de recape agendadas para este segundo semestre, mas que agora transferimos para o primeiro semestre do próximo ano”, explica Júnior, frisando que em reunião com a empresa concessionária cobrou reforço de veículos nas linhas com maior número de usuários.

O presidente da Câmara de Vereadores, Francisley “Poim”, disse que a proposta vai ter a chancela de todos os vereadores da base. “A redução da tarifa do transporte coletivo é uma medida de grande sensibilidade social do nosso prefeito que conta com total apoio da Câmara Municipal. Sem dúvida é uma ajuda que todo trabalhador que usa ônibus estava precisando. O que ele vai economizar certamente fará a diferença na hora de ir ao mercado, podendo comprar mais”, avaliou Poim.

O vice-prefeito Paulo Sérgio Vital salientou que mesmo sem o subsídio, Apucarana já pratica atualmente a menor tarifa do transporte coletivo em comparação a outras cidades do mesmo porte populacional. “O subsídio é mais uma forma da prefeitura ajudar a população, em especial a mais carente economicamente, e amenizar as dificuldades impostas pela pandemia”, colocou Vital.

Participaram também da reunião os secretários Municipais Nicolai Cernescu Júnior (Gestão Pública), Sueli Pereira (Fazenda), o diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan), Carlos Mendes, o diretor-administrativo da Câmara, Cecílio Luz, e os vereadores Marcos da Vila Reis, Luciano Molina, Jossuela Pinheiro, Tiago Cordeiro, Rodrigo Liévore (Recife), Luciano Facchiano.

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