Dezenas de agricultores são esperados para o II Seminário de Alternativas de Diversificação e Geração de Renda na Propriedade Rural, que acontece nesta quinta-feira (29/05), as partir das 8 horas, na Sociedade Rural de Apucarana. Durante o evento, promovido pela Secretaria Municipal de Agricultura em parceria com a Emater, também será lançado o ProgramaTerra Forte, que vai distribuir mudas frutíferas e insumos (calcário e fósforo) para a fertilização do solo.

Ainda fazendo parte da programação, haverá duas palestras. O prefeito de Apucarana, Beto Preto, vai falar sobre o “Poder Público e a Comunidade”, enquanto o técnico em agropecuária, Robson José Menegardi, vai discorrer sobre “Boas Práticas Ambientais na Fruticultura”. Já o secretário municipal da Agricultura, João Carmo da Fonseca, vai conduzir o lançamento do Programa Terra Forte. “Como o término do seminário está previsto para as 15 horas, serviremos almoço no local. Também já, no dia, iniciaremos as inscrições dos agricultores interessados em receber o calcário, fósforo e as mudas”, observa Fonseca.

Na oportunidade, o secretário também apresentará o projeto para a construção de uma agroindústria em Apucarana, com o objetivo de transformar as frutas produzidas em polpa. “O objetivo é comercializar as frutas in natura e também em polpa, mas para isso precisaremos viabilizar um terreno, barracão e os equipamentos. O custo do projeto é de cerca de R$ 800 mil, recursos que buscaremos junto a outras esferas de governo”, afirma o secretário.

Conforme Fonseca, serão distribuídas cerca de 100 mil mudas, abrangendo as culturas da goiaba, uva, banana, morango, maracujá e figo. Já para a fertilização do solo, serão repassadas 1.400 toneladas de calcário e 100 toneladas de fósforo. “Pretendemos atingir entre 200 e 250 pequenos agricultores. O nosso objetivo é fixar as famílias no campo, gerando renda com o cultivo em pequenas áreas. O Município está investindo recursos próprios neste programa, no valor de cerca de R$ 500 mil”, frisa.

Para garantir a geração de renda com a atividade, há um limite mínimo de mudas frutíferas que serão distribuídas. No caso do figo, esse número varia de 800 para 1.600 mudas. “No caso do número máximo, as mudas serão suficientes para abranger uma área de um hectare. Dependendo da análise do solo, vamos fornecer até 10 toneladas de calcário e 400 quilos de fósforo. Caso o produtor fosse pagar em dinheiro e, tendo por base os preços praticados no mercado, ele teria que desembolsar em torno de R$ 12 mil”, explica o secretário.

De acordo com o programa, o produtor pagará as mudas e os insumos para a fertilização do solo com produtos, que serão destinados para a merenda escolar e outros programas municipais. “Ele poderá fazer isso em duas vezes, uma em 2015 e outra em 2016”, afirma, salientando que, mesmo com o pagamento dos materiais fornecidos pelo Município, o produtor conseguirá garantir uma renda extra. “No caso do figo, o cultivo de um hectare vai gerar uma produção anual de cerca de 20 toneladas. Vendido in natura, o preço do quilo está atualmente em R$ 3. Tirando a parte da produção que ele terá que repassar ao Município e os demais custos de cultivo, o produtor poderá obter uma renda anual de entre R$ 30 mil e R$ 40 mil”, estima.

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