Depois do Sumatra I e Sumatra II, a região leste de Apucarana (próximo ao Jardim Colonial) ganhou nesta quinta-feira (29/01) o terceiro conjunto habitacional. Trata-se do Residencial Jaçanã, com 300 casas destinadas a famílias de baixa renda e que também foram construídas através do Programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, em parceria com a Prefeitura de Apucarana e o governo estadual. “Os prefeitos que me antecederam entregaram 1.200 casas em 12 anos e nós, em apenas dois anos, estamos chegando a 1.301 moradias”, destacou o prefeito de Apucarana, Beto Preto, durante a solenidade de inauguração do Residencial Jaçanã.
Além das famílias contempladas, o ato contou ainda com a presença do deputado federal Ênio Verri, que tomará posse do cargo no domingo, de Élcio de Lara, superintendente regional da Caixa Econômica Federal, de Nelson Cordeiro Justus, presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), do chefe de gabinete da senadora Gleisi Hoffmann, Arilson Chiorato, do vereador José Airton Deco de Araújo, representando o Legislativo Municipal, e da secretária municipal de Assistência Social, Márcia Regina de Sousa, além de vereadores, secretários municipais e de representantes da construtora responsável pela obra e dos demais parceiros do empreendimento.
Beto Preto lembrou que a inauguração faz parte das festividades alusivas aos 71 anos de Apucarana, completados na última quarta-feira. “No aniversário de Apucarana, quem ganha o presente são vocês. Me ajudem a continuar construindo uma cidade diferente, mais solidária e igual. Estamos construindo Apucarana do bairro para o centro. A exemplo da área habitacional, ainda há muito por fazer, mas a maturidade chegou”, avalia Beto Preto.
Ao saudar os moradores do Jaçanã, o prefeito de Apucarana reiterou seu compromisso de reduzir a fila de espera pela casa própria em Apucarana. “Já entregamos 1.301 casas e temos outras 1.995 em andamento, no Fariz Gebrim (1ª e 2ª etapas), Solo Sagrado e Barcelona”, lembrou o prefeito, acrescentando que espera concluir seu mandato com ao menos 4 mil residências entregues em Apucarana. “O nosso compromisso não cessa, pois ainda existem 6 mil famílias que estão na fila, esperando para virar a página do aluguel”, observa Beto Preto.
O deputado federal Ênio Verri lembrou que assumirá a cadeira no Congresso Nacional do domingo, salientando que trabalhará em Brasília buscando viabilizar mais casas para Apucarana. O deputado pediu para que os moradores não tenham a tentação de vender ou alugar o imóvel. “Eu morei em casa popular e posso dizer que muda a vida da gente. A casa é sagrada, um presente de Deus e uma grande conquista. Por isso, não abram mão dela”, reiterou Verri, citando ainda a resolução que dá preferência à colocação do título de propriedade em nome da mulher.
O presidente da Cohapar, Nelson Cordeiro Justus, ressaltou a construção de três conjuntos habitacionais na mesma região da cidade: o Sumatra I, com 486 casas, o Sumatra II, com 515 moradias, e o Jaçanã, com 300 unidades. “As casas foram edificadas com capricho pela construtora, com muita qualidade. Somando todas as casas já dá uma cidade e que vem com toda a infraestrutura necessária”, frisa Justus, que também lembrou a recente criação da Região Metropolitana de Apucarana, que foi uma iniciativa do seu pai, o deputado estadual Nelson Justus.
O superintendente regional da Caixa, Élcio de Lara, citou recentes avanços no programa como o cartão Minha Casa Melhor, que oferece crédito de até R$ 5 mil para a aquisição de móveis e eletrodomésticos. “O cartão permite adequar a casa às necessidades das famílias, pagando em até 48 vezes e com juros muito baixos, de 5% ao ano”, afirma, destacando ainda que o custo do registro do imóvel no cartório, antes pago pelos moradores, agora também foi incorporado no programa.
O custo total do empreendimento é de aproximadamente R$ 20 milhões, sendo R$ 18 milhões do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR/Governo Federal); R$ 1,2 milhão do Governo do Estado (Cohapar); e R$ 636 mil referentes a padrões de energia (Copel), e rede de água da Sanepar. Com a área construída de 41,73 m², sendo 9 casas para portadores de necessidades especiais e outras 9 para idosos, as moradias contam com sala, cozinha, 2 quartos e banheiro, além de laje e placas de aquecimento solar. O projeto inclui ainda obras de infraestrutura, como drenagem de água pluvial, rede coletora de esgoto, pavimentação asfáltica, meio fio e passeio em concreto.
FAMÍLIAS CONTEMPLADAS – As 300 casas beneficiam famílias de baixa renda que pagarão prestações mensais (entre R$ 25 e R$ 80) pelo período de 10 anos. Uma delas é a de Hyasmim Fagundes da Silva e de Willian Silva Gonçalves, casal que tem dois filhos e morava no Parque Bela Vista. “Pagávamos aluguel de R$ 350 numa casa que era um pouco menor do que a conquistada no Jaçanã. Ficamos dois anos na fila de espera e, com a bênção de Deus, fomos contemplados. O dinheiro que sobra vamos investir na casa e na educação das crianças”, afirma Hyasmim.
Já a aposentada Ernestina Machado Simão afirma que esperou uma vida inteira para realizar o sonho da casa própria. “Estava morando de favor numa chácara na Estrada do Tatuzinho, pagando apenas a luz que consumia. Se não fosse esse programa, não teria conseguido a casa”, observa Ernestina, que há vários anos cuida de dois netos portadores de necessidades especiais. “Estou muito feliz. Deus me deu a missão de cuidar deles e agora me presenteou com essa casa”, completa.
Mayara Monteiro de Moraes, que atualmente morava em casa alugada no Jardim Ponta Grossa, agora vai morar com as duas filhas no Jaçanã. “Sou diarista e pagava aluguel de R$ 280. Era com isso e com o valor da pensão que mantinha a casa. Esperei na fila desde 2010 e, agora sem precisar pagar aluguel, vai ajudar bastante”, comemora Mayara.