Os prefeitos Beto Preto (Apucarana), Moacir Andreolla (Novo Itacolomi) e Emerson Toledo Pires (Cambira) participaram na noite de terça-feira, no Fórum de Apucarana, da solenidade de lançamento do Programa Família Acolhedora. O ato, dirigido pela juíza da Vara de Infância e Juventude da Comarca de Apucarana, Carolline de Castro Carrijo, também teve a presença do diretor do fórum, Osvaldo Soares Neto e do promotor da Vara da Infância e Juventude, Marcel Fernandes Marinho, além das secretárias de assistência social dos três municípios.
Ao abrir o ato, Carolline Carrijo, anunciou que a previsão é de que o programa passe a funcionar a partir do próximo ano. O foco, segundo a juíza, é garantir que o período de afastamento do convívio familiar de crianças e adolescentes – em situação de risco – se torne mais humano.
Ao discorrer sobre o novo programa, no qual o Paraná é referência no Brasil, a partir de uma experiência iniciada em Cascavel, Carolline Carrijo fez questão de agradecer a parceria firmada com as prefeituras de Apucarana, Novo Itacolomi e Cambira. “São os municípios que irão custear o programa e ceder profissionais para o cadastramento e qualificação das famílias”, assinalou.
Atualmente, em Apucarana, o Lar Sagrada Família é a instituição responsável pelo acolhimento de crianças. E a Casa Lar, responsável pelo acolhimento de adolescentes. Nos últimos três dias, foi dado o start ao novo programa, com o treinamento de assistentes sociais, que serão encarregadas pelo cadastramento e triagem das famílias que se dispuserem a ingressar no programa.
As orientações foram transmitidas pela coordenadora do “Família Acolhedora”, de Cascavel, Neusa Eli Figueiredo, que é referência no Brasil neste programa. A próxima etapa será a abertura de cadastro para as famílias interessadas, nas secretarias de assistência social dos três municípios.
Conforme explicou a juíza Carolline Carrijo, as famílias que forem aceitas para acolher crianças e adolescentes terão uma contrapartida financeira, custeada pelas prefeituras. As câmaras de vereadores dos três municípios já aprovaram leis que tornam legal o pagamento de um salário mínimo regional por criança ou adolescente acolhido, com parte do recurso retido em poupança para criança.
Para a juíza, o programa surge como uma alternativa de acolhimento mais humano, “diferente do acolhimento institucional, onde a criança e o adolescente são privados da convivência familiar, que é um direito estabelecido pelo Estatuto da Criança e Adolescente (ECA)”.
No lançamento, o prefeito de Apucarana, Beto Preto, falou em nomes dos colegas prefeitos de Cambira e Novo Itacolomi. “Iniciamos as tratativas para aderir ao Família Acolhedora no mês de março e agora já avançamos bastante, para colocar o programa em funcionamento”, lembrou.
“Estamos diante de uma jóia. É o que eu considero este programa que se começar a funcionar moderadamente já será um extraordinário resultado para a sociedade de Apucarana, Cambira e Novo Itacolomi”, avaliou Beto Preto. Ele manifestou agradecimentos pelo trabalho do Judiciário e do Ministério Público, bem como das secretarias de assistência social, conselhos Tutelares e responsáveis por instituições como o Casa Lar e Lar Sagrada Família.
O promotor público Gustavo Fernandes Marinho diz ter plena convicção de que o programa irá funcionar a contento em Apucarana em Apucarana e cidades vizinhas. “Está no caráter das pessoas de Apucarana e região o perfil de acolhedoras. Eu passei por esta experiência, pois fui bem acolhido aqui e até decidi fincar raízes em Apucarana”, comentou o representante do MP.

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