Pelo segundo ano consecutivo, a diretoria do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí e Região (Cisvir), especializado na prestação de serviços públicos de média complexidade, prestou contas de suas ações ao Conselho Municipal de Saúde de Apucarana. O evento aconteceu na noite da segunda-feira (27/04), no salão de conferências da Autarquia Municipal de Saúde (AMS) e envolveu apresentação de um balanço das ações contábeis e de investimentos feitos na ampliação do atendimento aos pacientes da sua área de abrangência nas diversas especialidades médicas ao longo de 2014.
Em conjunto, os 17 municípios-membros aplicaram R$7,5 milhões no consórcio no ano passado. “Apucarana, além de ser a cidade-sede, é a maior contribuinte, tendo no ano passado repassado R$2,3 milhões para subsidiar ações do Cisvir”, informou Joana D’arc Previatti, diretora-administrativa do Cisvir.
Durante a prestação de contas, duas áreas de atendimento foram colocadas como destaque. “Uma foi o setor de implante dentário, que prestou cerca de 1600 atendimentos nos últimos dois anos e outro setor foi o oftalmológico, que diminuiu bastante a fila de espera em 2014. Apucarana, por exemplo, tinham 3 mil pessoas na fila, demorava-se quase um ano para agendar uma cirurgia, ou mais, até dois anos, mas hoje a fila está normalizada graças a realização de diversos mutirões”, informou Joana D’arc.
Outra conquista da atual diretoria do Cisvir, que é presidida pelo prefeito de Apucarana, médico Beto Preto, foi a redução da inadimplência dos municípios-membros. “Ano passado já tivemos uma inadimplência bem menor da registrada em períodos anteriores. Os prefeitos estão tendo esta consciência de que é preciso estar em dia para o consórcio crescer”, disse a representante do Cisvir.
A maior parte dos recursos investidos no consórcio em 2014, de acordo com a prestação de contas apresentada ao Conselho Municipal de Saúde de Apucarana, chegou através de repasse das próprias prefeituras. “O montante repassado pelas cidades participantes do Cisvir contabilizou 60% dos R$7,5 milhões, quando o ideal seria o inverso, com a maior parte das receitas chegando por intermédio dos governos Estadual e Federal. Os consórcios já foram criados para suprir esta ausência nas três esferas, básica, média e alta complexidade, e agora a cada ano que passa vão criando-se novos procedimentos, tanto cirúrgicos, como agora que os municípios estão investindo neste setor, e o custeio do Estado não acompanha”, comenta Joana D’arc.
A presidente do Conselho Municipal de Saúde de Apucarana, Letícia Bento, fez uma avaliação dos dados apresentados pelo Cisvir e enalteceu a realização da prestação de contas, que acontece pelo segundo ano consecutivo mesmo não sendo uma obrigatoriedade do consórcio. “Foi um entendimento que a gestão atual teve de colocar de maneira transparente tanto a parte financeira quanto de atendimentos do Cisvir. Tendo em vista Apucarana ser a maior parte consorciada, vejo como uma atitude bastante salutar dentro do controle social, uma vez que oportuniza o Cisvir mostrar aos conselheiros de que forma estão sendo aplicados os recursos repassados por Apucarana”, explicou Letícia.
Na visão do conselho, tudo ficou bastante claro. “Não houve o que questionar. Apenas a reforçar que ao longo de 2014, no Cisvir, houve um investimento médio em nível de União e um investimento ínfimo por parte do Governo do Paraná, que vem pesando muito no orçamento anual dos municípios que além da básica estão tendo que administrar a média complexidade”, concluiu.
Atualmente, o Cisvir têm à disposição de sua clientela de 340 mil habitantes em 17 municípios, um total de 76 profissionais médicos em 31 áreas de especialidades. O consórcio é servido ainda de outros 15 profissionais de nível superior, incluindo dentistas, psicólogos, fonoaudiólogos e nutricionistas.