Em mais uma ação dentro da campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”, homens que trabalham da Secretária da Mulher e Assuntos da Família e do Centro Qualificação Total realizaram hoje (5) um ato público no platô da Praça Rui Barbosa denominado “Laço Branco”. O evento que transcorreu durante todo o dia com a distribuição de laço branco e de quase mil folhetos sobre o tema e uma cartilha da Lei Maria da Penha, teve como ponto alto a simulação de um ato de agressão psicológica contra a mulher.
A encenação demonstrando a agressão verbal do marido contra a mulher atingiu objetivo de chamar a atenção das pessoas que circulavam pela Praça Rui Barbosa, com manifestação de indignação por parte de vários transeuntes. A Campanha Brasileira do Laço Branco tem como objetivo sensibilizar, envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher.
“Essa é uma ação concreta de nós homens e servidores municipais visando dar um basta aos casos de violência contra mulher”, disse o diretor do Centro de Qualificação Total, Francisco Arrebola. A iniciativa desenvolvida no platô da Praça Rui Barbosa teve ainda outro tipo de manifestação, quando homens voluntariamente deixaram uma marca de tinta de suas mãos num grande painel, simbolizando o gesto “basta”. Além de populares, protagonizaram o gesto um grupo de alunos do Colégio Estadual Nilo Cairo, representantes da Polícia Militar, Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros, do Exército e do executivo municipal. Tendo à frente a Secretaria da Mulher e Assuntos da Família, a programação da campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”, teve início dia 20 de novembro e segue até o próximo dia 10.
Origem da campanha Laço Branco
Campanha Laço Branco surgiu a partir de um triste episódio. No dia 6 de dezembro de 1989, um rapaz de 25 anos (Marc Lepine) invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Monteral, Canadá. Ele ordenou que os homens (aproximadamente 48) se retirassem da sala, permanecendo somente as mulheres. Gritando: “você são todas feministas!?”, ele começou a atirar e assassinou 14 mulheres, à queima roupa. Em seguida, suicidou-se.
O rapaz deixou uma carta na qual afirmava que havia feito aquilo porque não suportava a idéia de ver mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente dirigido ao público masculino. O crime mobilizou a opinião pública de todo o país, onde um grupo de homens decidiu se organizar para dizer que existem homens que cometem a violência contra a mulher, mas existem também aqueles que repudiam essa atitude. Eles elegeram o laço branco como símbolo e adotaram como lema: jamais cometer um ato violento contra as mulheres e não fechar os olhos frente a essa violência.