Construído em local inadequado, com várias irregularidades estruturais, o prédio da UPA 24 Horas de Apucarana continua gerando problemas. Na manhã de hoje (24/05), o forro de gesso do sanitário da sala de espera ruiu, causando ferimentos leves em um paciente atingido por um pedaço da forração. Em razão deste fato, o prefeito Beto Preto determinou que toda a forração de gesso, existente no prédio, seja substituída por forro de PVC, para oferecer maior segurança aos usuários e trabalhadores do local.
“Infelizmente é mais um herança maldita recebida dos dois prefeitos que me antecederam”, lamentou o prefeito. Beto Preto ficou chocado com o incidente, resultado de uma obra executada em um terreno úmido – nascente do Rio Pirapó. “Fosse eu prefeito a época, com certeza a UPA 24 Horas não seria construída naquele terreno, pois além da umidade, não possui espaço suficiente para estacionamento e abrigo aos pacientes”, diz Beto Preto. Hoje, porém, complementa, “não fugirei da minha responsabilidade em realizar as manutenções necessárias para manter a UPA 24 Horas em funcionamento”.
Tão logo tomou conhecimento do incidente ocorrido no banheiro masculino da sala de espera, Beto Preto determinou ao Departamento de Engenharia a substituição de toda a forração em gesso e a colocação de forro de PVC, bem como a realização de outras obras de manutenção no prédio. “É uma despesa não programada, mas necessária para oferecer segurança aos pacientes e funcionários”, afirma Beto Preto.
Ele lembrou que, apesar de estar funcionando de forma inadequada no atendimento a urgências e emergências, a UPA 24 Horas de Apucarana recebe diariamente mais de 400 pessoas. “Quero reiterar meu apoio ao quadro funcional da unidade – médicos, enfermeiros, auxiliares e pessoal de apoio – que atende com respeito e responsabilidade os pacientes de Apucarana e municípios conveniados”, ressalta Beto Preto. Quanto aos custos para o funcionamento da unidade, o Ministério da Saúde repassa mensalmente R$ 300 mil, enquanto o Município entra com um aporte de R$ 500 mil. “Sem este aporte de recursos próprios, a UPA 24 Horas não teria condições de funcionar de forma adequada para atender a demanda de pacientes de Apucarana e de cidades próximas”, diz Beto Preto.
INFILTRAÇÕES – A causa do incidente registrado hoje está originada na construção do prédio, inaugurado em fevereiro de 2012. Conforme estudo técnico encaminhado ao Poder Judiciário, “os problemas mais graves e acentuados são as infiltrações provenientes das águas de chuvas, pois as calhas não suportam o volume de água e transborda infiltrando pela laje e alvenaria, causando danos no forro de gesso, formando bolor e mofo junto as placas”.
Também foram verificados problemas nas instalações elétricas, com queima de lâmpadas devido a infiltração. Muitas paredes e lajes estão com acumulo de água no seu interior, com risco de desagregar os revestimentos e cair sobre os pacientes. Há, conforme o relatório técnico, situações de pisos soltando em razão do acúmulo de água.