A região Norte do Paraná será contemplada no traçado da Ferrovia Norte-Sul. A notícia foi confirmada pelo prefeito Beto Preto e seu vice, Junior da Femac que, desde outubro de 2012, estavam engajados nesta mobilização regional. O anúncio foi formalizado em reunião de trabalho da Agência Terra Roxa, realizada na quinta-feira (5) em Apucarana, mas só ontem (9) foi divulgado publicamente.

“Tivemos recentemente uma reunião com o presidente da Empresa Brasileira de Planejamento e Logística (EPL), Paulo Sérgio Passos e, na ocasião, nos foi apresentado um traçado preliminar, voltando a inserir o Norte do Paraná no roteiro da Norte-Sul”, diz o prefeito Beto Preto. Ele lembra que o projeto original da ferrovia previa a passagem pela região, mas depois foi alterado, ligando Paranorama-SP (onde a ferrovia já chegou) a Maracajú-MS e voltando ao Paraná, via Guaíra.

A mobilização de Beto Preto e Junior da Femac pela ferrovia começou em outubro de 2012, no âmbito de reuniões da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), em Curitiba. Na época, a entidade reunia lideranças empresariais e bancada parlamentar paranaense, para definir as prioridades do Estado nos próximos anos. “Não poderíamos aceitar que Londrina, Apucarana, Maringá e outras cidades do eixo ficassem privadas de uma ferrovia deste porte, que irá irradiar desenvolvimento em todo o seu itinerário”, assinala o engenheiro Sebastião Ferreira Martins Junior.

No encontro da Terra Roxa, o presidente da agência, José Carlos Venâncio (Maringá), e os vice-presidentes Carmen Lúcia Squierdo Martins (Apucarana) e Fernando Kireff (Londrina), receberam a notícia da EPL, trazida pelo prefeito de Apucarana, Beto Preto. “Fomos informados que a Ferrovia Norte Sul passará no Norte do Paraná, cortando a zona rural de vários municípios, começando por sertanópolis passando por Londrina, Cambé, Rolândia, Arapongas, Apucarana, Maringá e Campo Mourão entre outros. E que, a partir daí, seguirá em direção a Santa Catarina, passando por Cascavel”, revelou.

O próximo passo será o lançamento do Estudo de viabilidade, técnica, econômica e ambiental (EVTEA), que pode começar nos próximos meses. E, na reunião da Terra Roxa em Apucarana, já ficou definido um encontro entre os prefeitos e representantes do setor produtivo, para que juntos possam ir à EPL e ao Ministério dos Transportes, exigindo que o EVTEA seja iniciado ainda neste ano de 2014.

A Ferrovia Norte Sul está sendo construída a partir de um novo enfoque proposto pelo Governo Federal, que propõe fortalecer e estimular o mercado interno brasileiro, ligando mercados consumidores a regiões produtoras. Ao longo da ferrovia poderão se instalar empresas e terminais de transbordo, o que estimulará toda a vocação industrial, agrícola e logística da região norte do Paraná.

O movimento pró-Ferrovia Norte Sul no Norte do Paraná tem a participação de todo o setor produtivo, capitaneados pela Agência Terra Roxa, pela Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL) e pela Associação Comercial e Industrial de Maringá (ACIM) e dos prefeitos da região, sobretudo de Londrina, de Maringá e de Apucarana que encabeçam o movimento.

No Paraná, a Ferrovia Norte-Sul deve ter um traçado de 700 km a um custo estimado de R$ 6 milhões por km. A ferrovia que já é operacionalizada em estados do Norte e Centro-Oeste do País, tem bitola de 1,60m e os comboios podem trafegar a um velocidade de até 80km por hora. “Nossa região não pode perder um investimento em logística deste porte, sob o risco de comprometer sua competitividade e desenvolvimento”, defende o prefeito Beto Preto.

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