Cerca de 80 produtores participaram nesta quinta-feira (24/09) do 2º Encontro Municipal de Olericultura. O evento, previsto para acontecer ao longo do dia no Colégio Estadual Agrícola Manoel Ribas, é uma parceria entre a Secretaria Municipal de Agricultura e Emater. Os assuntos abordados foram adubação do solo e compostagem, uso racional de agrotóxicos e gestão da propriedade rural.

Na abertura do evento, estiveram presentes o secretário municipal de Agricultura, João Carmo Fonseca, o professor Júlio Pedroso, representando a direção do Colégio Estadual Agrícola Manoel Ribas, e o engenheiro agrônomo Fernando Martin, que representou a chefia do escritório local do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). O encontro foi viabilizado com recursos disponibilizados através do Programa de Desenvolvimento Econômico e Territorial – Renda e Cidadania no Campo (Pró-rural), do governo do Estado.

O secretário municipal de Agricultura afirma que o clima atual está impondo algumas dificuldades aos produtores. “Tivemos um inverno atípico, com altas temperaturas e poucas chuvas, o que afetou o crescimento vegetativo e facilitou a propagação de pragas e doenças”, afirma, citando como exemplo o cultivo do morango. “É uma cultura que se adapta mais no tempo ameno para frio. Com as altas temperaturas, a planta deixa de multiplicar as flores e cai a produtividade”, completa.

Fonseca afirma que o Município, junto com as entidades parceiras, vem oferecendo oportunidades de capacitação. “A olericultura é uma atividade que exige conhecimento técnico, sendo bastante suscetível a pragas e doenças. Por isso, há a necessidade de cuidados especiais e monitoramento diário”, observa.

O secretário também destaca a necessidade de melhorar a gestão da propriedade, aliada ao cultivo sustentável e com respeito ao meio ambiente. “Dentro das palestras programadas, reservamos um momento para que os produtores possam entender um pouco mais sobre o gerenciamento da propriedade, com o objetivo de realizar uma gestão cada vez mais empreendedora”, assinala.

Já no tocante ao manuseio de produtos químicos, a orientação é que se faça o menor uso possível de agrotóxicos, buscando alternativas naturais e biológicas. “O Paraná atualmente é um dos maiores consumidores de veneno do País e as estatísticas de câncer no Estado só vem crescendo. Fazendo o manejo integrado de pragas e doenças, o produtor conseguirá diminuir a quantidade de agrotóxico, utilizada muitas vezes sem necessidade”, orienta Romeu Suzuki, da Emater de Califórnia, que ministrou a palestra sobre o uso racional de agrotóxico.

A palestra sobre gestão da propriedade rural foi ministrada pelo professor Miguel Farias, da Unespar/Fecea, enquanto a atividade a campo sobre adubação do solo e compostagem estava a cargo do engenheiro agrônomo Nilton Fukushima, do Colégio Estadual Agrícola Manoel Ribas.

Publicações Recomendadas