O funcionamento do Centro Cirúrgico do Canil Municipal de Apucarana está dependendo apenas de uma vistoria do Ministério Público do Paraná. A prefeitura já reformou e ampliou uma casa existente no terreno, adequando as instalações de acordo com as exigências do Conselho Regional de Medicina Veterinária. O CRMV já vistoriou e autorizou a entrada em operação do Centro Cirúrgico. E a Sociedade Protetora dos Animais de Apucarana (Soprap), mantenedora do Canil Municipal, já instalou os equipamentos necessários para a realização das cirurgias.

A presidente da Soprap, Isamélia Andrea Constâncio, lembra que a implantação do Centro Cirúrgico no Canil Municipal foi determinado em Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público. “Este TAC deveria ter sido cumprido em 2011, mas somente nesta administração do prefeito Beto Preto é que foi dado andamento no processo, com a prefeitura arcando com os custos de material e mão-de-obra para a adequação do local, cabendo a Soprap a aquisição dos equipamentos necessários ao funcionamento”, explica a presidente da entidade.

O Centro Cirúrgico será destinado à castração de cães e gatos, serviço que atualmente é realizado em clínicas veterinárias conveniadas com a Soprap. Segundo Isamélia Constâncio, alguns critérios deverão ser cumpridos para o encaminhado do animal para castração: família de baixa renda, adoção de rua ou do canil. “As cirurgias somente serão realizadas com o encaminhamento da Soprap e dentro destes critérios específicos, pois não podemos tirar trabalho das clínicas da cidade”, salienta a dirigente da ONG.

Para o funcionamento do Centro Cirúrgico, a prefeitura municipal manterá no local uma veterinária, um biólogo e mais dois auxiliares de manutenção, que já atuam naquele local nos cuidados aos animais abrigados no Canil Municipal de Apucarana. Há ainda uma exigência do CRMV, que é a contratação de um anestesista.

No domingo (31/01), a Soprap realizou, no Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina (UEL), a castração de 51 gatos. O custo das cirurgias foi coberto pelas doações das empresas que integram o Projeto Amiga do Bicho. “A Soprap, por ser uma entidade sem fins lucrativos, tem uma arrecadação mensal de R$ 1 mil, insuficiente para sua manutenção e atender aos inúmeros pedidos que chegam por telefone e pelas redes sociais”, relata a presidente. Ela informa que são 50 pedidos de socorro recebidos diariamente, principalmente relacionados a abandono, maus tratos aos animais, nas mais diversas circunstâncias, como rituais satânicos. “Já tivemos que socorrer um cachorro com os olhos arrancados, de gatos com as unhas arrancadas. Uma crueldade absurda”, conta Isamélia Constancio.

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