O prefeito Rodolfo Mota assinou nesta quinta-feira (02/10), no Bosque Municipal, ordem de serviço para construção de 11 novos viveiros. O investimento é de R$ 341,5 mil, com recursos municipais, fruto de processo licitatório que teve como vencedora a empresa Adnilson Grandi Metalúrgica. Na mesma solenidade, o prefeito também autorizou obras de alargamento de calçadas entre os ambientes, criando uma rota acessível para pessoas com deficiência, melhorias que serão executadas pela equipe da Secretaria Municipal de Obras. O ato contou com a presença dos vereadores José Deco de Araújo e Guilherme Livoti, além de secretários municipais e convidados.
Mota destacou a importância dos investimentos. “Este é um espaço muito querido e especial para a nossa cidade, que faz parte da memória de muitas famílias apucaranenses. Desde janeiro, quando assumimos a gestão, já realizamos melhorias emergenciais de limpeza, pintura e poda, mas sabíamos que era preciso avançar. Elaboramos o projeto, realizamos a licitação e agora estamos investindo quase R$ 350 mil na construção de novos viveiros e em obras de acessibilidade, para que o bosque esteja adequado para receber todas as pessoas, inclusive idosos e pessoas com deficiência. Esta é a segunda de três etapas que planejamos para o resgate histórico do nosso bosque, e queremos entregar este espaço renovado ainda neste ano, como um presente para a população de Apucarana”, afirmou o prefeito, relatando que pelo controle feito pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, de janeiro até hoje o bosque já recebeu 22 mil visitantes.
Devido o início das obras de calçamento, a partir de segunda-feira o local ficará fechado por 15 dias para garantir a segurança dos visitantes. “Esse trabalho exige movimentação de terra e intervenções em várias áreas, por isso será necessária a interdição temporária. Após esse período, o espaço será reaberto e, quando iniciar a construção dos viveiros, as obras ocorrerão por etapas, sem impedir o funcionamento do bosque”, informou Diego Silva, secretário municipal de Meio Ambiente.
Ele reforçou que o investimento contempla a construção de 11 novos viveiros, mudando totalmente a estética e a estrutura do espaço. “Não se trata de reforma, mas de viveiros totalmente novos, mais adequados e modernos, que, junto ao corredor de acessibilidade, vão transformar o bosque. Estamos ampliando calçadas, prevendo distanciamentos corretos entre os espaços e garantindo condições para que pessoas com deficiência possam circular em todo o local, como exige o Ibama”, destacou o secretário.
Prefeitura busca licença junto ao Ibama para voltar a abrigar animais silvestres
Segundo informa o secretário municipal de Meio Ambiente, Diego Silva, a construção de novos viveiros e alargamento das calçadas integra o trabalho da gestão para recuperar a licença federal e resgatar espécies que já fizeram parte da fauna local. “Estamos cumprindo todas as exigências legais para que possamos novamente receber araras e outros animais silvestres. É um resgate histórico, como bem colocou o prefeito Rodolfo Mota, que vem sendo construído desde o início do ano e que terá continuidade nos próximos meses”, disse o secretário, ressaltando que as novas estruturas metálicas vão garantir melhores condições de abrigo e bem-estar animal.
Por 12 anos (entre 2005 e 2017), com o nome de “Parque das Aves”, o local abrigou centenas de animais da fauna brasileira, com destaques às araras. Também era um local de referência de reabilitação de animais resgatados por entidades de proteção e forças de segurança, como bombeiros militares e Força Verde da Polícia Militar, como aves, répteis e mamíferos, que recebiam tratamento e, uma vez recuperados, eram reintegrados à natureza.
Por força da mudança da legislação, onde o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), exigiu à época que o espaço atendesse às mesmas normas de zoológicos, com ampliações de viveiros, recuos em corrimões e implantação de ambulatório veterinário, e a indisponibilidade de recursos municipais, o local foi fechado e os animais removidos para outros parques e criadores credenciados pelo órgão federal. Na ocasião, o bosque comportava 130 animais de 30 espécies diferentes. Atualmente, é frequentado pela população e por escolas como espaço de educação ambiental, abrigando coelhos, perus, faisões, pavões, calopsitas e pássaros diversos, macacos-prego e galinhas exóticas.
As obras autorizadas pelo prefeito nesta quinta-feira, a cargo da empresa licitada, devem ter início no dia 3 de novembro com previsão de entrega até o dia 20 de dezembro, início do período de férias escolares, e terão acompanhamento e fiscalização técnica da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.