Uma ação da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana foi implementada com objetivo de controlar a incidência da tuberculose e intensificar o tratamento aos pacientes com a doença. Somente em Apucarana, o índice de abandono ao tratamento alcança até 22,2% – quando o aceitável é 5% – e, como consequência, a mortalidade chega a 1,6% dos casos. Três setores – atenção básica, epidemiologia e ações em saúde – estarão diretamente envolvidos para o desenvolvimento do Plano Municipal de Controle a Tuberculose (PMCT) no Município de Apucarana.
O diretor presidente da Autarquia Municipal de Saúde, Roberto Kaneta, explica que as primeiras ações do programa começaram neste mês de fevereiro, intensificando a capacitação dos profissionais que atuam na atenção básica. “São estes profissionais, durante as visitas domiciliares, os primeiros a terem contato com o doente e cabe a eles o encaminhamento para o início do tratamento”, diz o dirigente. Ele lembra que a tuberculose é uma doença curável, mas depende do paciente seguir as recomendações médicas, principalmente quanto a não abandonar o tratamento.
E entre as ações previstas no Plano está o acompanhamento do tratamento. “O índice de abandono em Apucarana varia de 0,00 a 22,2% e não existe uma causa definida. Mas, para que não ocorra um agravamento da doença e culmine com a morte do paciente, é necessário um trabalho especial das equipes da atenção básica, inclusive com o envolvimento das famílias”, ressalta Kaneta. Ele lembra que em Apucarana, o índice de mortalidade pela tuberculose alcança 1,6% dos diagnosticados, que é alto em relação ao Paraná, com registro de 1,2%.
Outra questão definida no Plano é expandir e aperfeiçoar o denominado Tratamento Diretamente Observado (TDO), alcançando um número ainda maior de pacientes. “Em Apucarana a atenção básica realiza com eficiência o TDO, mas é preciso ir ao encontro do paciente, observar o desenvolvimento do tratamento e, em sendo necessário, agendar exames complementares”, afirma ele. Ao mesmo, relata Kaneta, o PMCT estabelece um trabalho de identificação de novos casos de tuberculose, alcançando o sistema prisional, atendimentos de HIV/AIDS. “Será um árduo trabalho, envolvendo a comunidade médica, profissionais de outras áreas de saúde e familiares, mas com expectativa de resultados positivos”, afirma o diretor presidente;
NÚMEROS – De 2013 a 2016, 45 pacientes foram curados da doença, ao passo que duas pessoas (2015 e 2016) morreram pela ação do Bacilo de Koch. Conforme os números do Laboratório da Autarquia, de 2013 a 2016 foram realizadas 44 coletas de escarro para exames. Somente em 2016, o laboratório agendou 443 exames e 234 pacientes não compareceram para a coleta de material.

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