Apucarana, município de 130 mil habitantes, situado na região centro-norte do estado, está ganhando dois novos parques ambientais. Trata-se das unidades de conservação permanentes Ubatuba-Dourados, próximo ao distrito de Caixa de São Pedro, às margens da PR-444; e Araucárias, junto à BR-369 e ao parque industrial Norte. O município já contava com o Parque Ecológico da Raposa e a Colônia Mineira.

Os decretos de instituição das duas novas áreas foram assinados em ato realizado na noite de ontem (2), no Clube 28 de Janeiro, pelo secretário de estado do meio ambiente, Luiz Eduardo Cheida, e o prefeito de Apucarana, Beto Preto, além de representantes da Sema, IAP e ambientalistas locais.

O Parque Ubatuba-Dourados, tem área de 47.053 metros quadrados e a composição da mata é de fragmentos da mata atlântica, incluindo espécies nobres como a Peroba. A importância da preservação desta área também é justificada pela existência dos ribeirões Dourados e Ubatuba, que são afluentes do Rio Pirapó, manancial de abastecimento de Maringá e outras cidades do Noroeste do Estado.

Já o Parque Araucárias tem área de 84.923 metros quadrados e está situado às margens da BR-369, também é composto de fragmentos da mata atlântica, com dezenas de espécies nativas. No local destacam cerca de duas mil Araucárias, com diversas idades. Nesta área também está situada a nascente do Córrego Tarumã.

Em 2013, Apucarana arrecadou R$ 720 mil em ICMS Ecológico, pela manutenção do Parque Ecológico da Raposa e da Colônia Mineira. Com as duas novas unidades de conservação, o valor deve ser ampliado.

Ao assinar o decreto de criação do Parque Ubatuba-Dourados, o prefeito Beto Preto frisou que “esse é um ato de solidariedade hídrica de Apucarana, em relação a Maringá e outras cidades, que se utilizam do Rio Pirapó como manancial de abastecimento”.

Segundo ele, com a preservação da mata e monitoramento dos córregos Ubatuba e Dourados, certamente a qualidade da água do Rio Pirapó será bem melhor. “Esperamos obter reconhecimento e alguma compensação por esta atitude, por estarmos prejudicados com a proibição de instalação de indústrias próximas à bacia do Rio Pirapó”, assinalou Beto Preto.

Para o secretário de estado do Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida, a iniciativa de Apucarana é louvável, pois a criação de unidades de conservação permanente contempla o futuro e protege os recursos hídricos. “Esperamos que outros gestores públicos sigam o exemplo de Apucarana, pois o Paraná e o Brasil precisam deste tipo de conduta”, avaliou Cheida.

No mesmo ato, o Município entregou ao secretário protocolo de intenções para que a Secretaria Municipal do Meio Ambiente assuma a responsabilidade para autorizar licenciamentos ambientais. O próprio Cheida reconheceu que o IAP não dispõe de pessoal suficiente para atender a demanda e que processos de licenciamento de empresas e outros empreendimentos acaba sendo moroso. “Essa é uma nova política do Estado para descentralizar e tornar ágil o trâmite de licenciamentos”, admitiu o secretário.

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