Dentro das ações governamentais previstas no plano de trabalho “Apucarana 70 anos”, o Departamento de Engenharia da Autarquia Municipal de Educação (AME) já trabalha na elaboração de projetos arquitetônicos e planilha de custos que vai culminar em um pacote de obras para atender a escolas e centros municipais de educação infantil (CMEIs) com reformas e ampliações.

O processo, autorizado nesta semana pelo prefeito Beto Preto (PT), faz parte da política de reestruturação dos prédios escolares que, na sua maioria, deixaram de receber manutenção adequada nos últimos 12 anos por parte dos gestores. Segundo esclarece o diretor do Departamento de Engenharia da AME, arquiteto Luciano Andrade, a idéia da administração municipal é levar, gradativamente, as melhorias estruturais às 36 escolas e 21 CMEIs.

Por determinação do prefeito Beto Preto, serão atendidas no primeiro lote seis escolas municipais: Dinarte Pereira de Araújo, Albino Biacchi, Marilda Nolli, Augusto Weyand, Senador Marcos Barros Freire e Osvaldo dos Santos Lima e dois CMEIs: Irma Dulce e Olívio Fernandes.


Os serviços serão contratados via processo licitatório e os investimentos envolvem desde obras estruturais, passam por intervenções de adequação de layouts internos, banheiros, cozinhas, refeitórios, centrais de depósito de merenda e de gás, e chegam à questão da acessibilidade, iluminação, paisagismo e instalação/reforma de playgrounds. “Vamos promover a padronização de todos os prédios, melhorando o visual e tornando o ambiente mais agradável”, revela o arquiteto municipal.

De acordo com ele, dentre os aspectos já definidos nos projetos, cujo primeiro lote deve ser licitado já no primeiro trimestre de 2014, está a instalação de portais de identificação e pastilhamento cerâmico das paredes externas. “Além de oferecer um efeito estético melhor e gerar menos custos de manutenção – não exige pintura -, este tipo de material é antivandalismo, pois impede a aderência de tintas e outras pichações”, destacou Luciano Andrade.

Outro ponto importante do projeto de padronização dos prédios escolares, segundo o arquiteto, é setorizar os acessos. “Hoje, em geral, as escolas e CMEIs possuem uma entrada para tudo. Estamos trabalhando no sentido de promover, sempre que possível, setorização, como acesso para os estudantes e para serviços (entregas e serviços em geral). Também vamos privilegiar a iluminação e ventilação natural, sobretudo nas áreas de refeitórios e sanitários”, informa.

Nas escolas em que o terreno permitir, serão construídas ainda ilhas de segurança para embarque e desembarque dos estudantes. O total do investimento necessário ainda não foi mensurado pela autarquia, mas os gastos com o primeiro lote de reformas e melhorias é estimado em cerca de R$ 1 milhão. Os recursos serão oriundos de caixa próprio e, eventualmente, conquistados junto ao Governo Federal.

O diretor do Departamento de Engenharia da AME destaca o suporte dado ao setor pelo prefeito. “A Autarquia possuía este setor, mas não era pouco acionado. Atualmente, temos as condições que precisamos, como uma equipe de manutenção própria, que no dia a dia tem conseguido resolver as questões de forma rápida e precisa”, detalha o arquiteto.

“Situação estrutural herdada é delicada”, lamenta prefeito

Assim que assumiu a prefeitura, em janeiro deste ano, o prefeito Beto Preto (PT) determinou a realização de um inventário para dimensionar e documentar como a gestão anterior entregou os 36 prédios escolares do ensino fundamental e 21 centros de educação infantil. O documento contém fotos e informações que já foram amplamente analisadas e debatidas junto ao setor de engenharia e também aos diretores e coordenadores municipais.

A situação foi classificada como “delicada” pelo atual governo recebeu a rede municipal de educação infantil e fundamental. De acordo o prefeito Beto Preto, os registros fotográficos de janeiro deste ano revelaram a realidade dos bastidores do projeto “Cidade Educação” que, ao longo dos últimos 12 anos, ficaram “escondidos” dos olhos da população.

Entre as situações de irregularidades encontradas incluem-se rachaduras em colunas e paredes, sistema de gás inadequado nas cozinhas, quadras esportivas abandonadas, fossas sépticas cheias e em risco de ruir, refeitórios em situação precária, “gambiarras” em fiações elétricas e ligações hidráulicas. “Havia quatro ou cinco escolas em boas condições, que eram apresentadas aos visitantes, o resto ficava escondido nas propagandas do marketing oficial”, avaliou o prefeito.

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