Acadêmicos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), acompanhados do assessor da direção da instituição, Marcelo Ferreira, se reuniram ontem (27) com o prefeito Beto Preto, a Polícia Militar, Guarda Municipal e a empresa de transporte coletivo VAL para discutir ações de segurança na região do Campus Apucarana. O Diretório Central de Estudantes afirma que o clima de insegurança existe, já que alguns deles foram vítimas de assaltos mais de uma vez.
“A incidência de assaltos envolvendo os estudantes é alarmante, ocorrendo tanto no período da noite como em plena luz do dia. Mesmo após a decisão de só andar em grupo para chegar até o ponto de ônibus em frente ao Colégio SESI ou para ir as suas casas nas ruas próximas a UFTPR, os alunos continuaram a ser assaltados. Eles perdem o celular e a carteira com todos os documentos”, relata presidente do diretório central dos estudantes, Evandro Porto dos Santos, que veio da capital São Paulo para estudar na UTFPR/campus Apucarana.
Os estudantes saíram do encontro no gabinete do prefeito com a promessa de ver suas reivindicações atendidas. O comandante do Policiamento Urbano do 10º Batalhão da Polícia Militar, tenente Dejair Budkewitz, garantiu que vai implementar novas estratégias de policiamento nas proximidades do campus, incluindo a realização de ronda policial mais ostensiva. Também foi estabelecida a parceria da PM com a direção da UTFPR para realização de um trabalho de orientação junto dos estudantes sobre medidas de segurança preventivas.
A prefeitura, por sua vez, assumiu o compromisso de manter uma iluminação de qualidade na área e realizar podas de árvores no entorno do UTFPR, bem como em todo trajeto até o ponto de ônibus do SESI. Também presente na reunião, o encarregado operacional da VAL, Leuzé dos Santos, vai avaliar a possibilidade de extensão e maior frequência da linha do ônibus até a frente do campus.
O objetivo da medida da VAL é evitar que os estudantes tenham que se deslocar até o ponto de ônibus do SESI, localizado a cerca de 100 metros da porta de entrada da instituição de ensino. “É exatamente quando percorrem este trecho que a maioria dos estudantes é assaltada”, detalha Guilherme Boraschi, aluno que deixou sua cidade natal, Catanduva (SP), para cursar Engenharia Têxtil na UTFPR de Apucarana.