“Vamos vestir com muita honra a camisa de Apucarana e garanto que ainda neste ano, saem da linha de produção da ABS as três primeiras aeronaves 100% apucaranenses”. A frase foi dita pelo empresário Durval de Moraes Farias que, anteontem (domingo) participou de solenidade no Aeroporto Municipal Capitão João Busse, oficializando a instalação da ABS Indústria de Aeronaves no Município.

Farias já trouxe do Rio de Janeiro, onde a indústria funcionava há 15 anos, engenheiros, técnicos e pilotos com suas famílias. “Apucarana tem uma localização estratégica, tem um magnífico aeroporto, é uma belíssima cidade e tem uma gente muito acolhedora”, avaliou o empresário que se confessou empolgado com receptividade que teve e com as possibilidades de expansão de sua indústria na cidade.

No ato, prestigiado por empresários, vereadores, secretários e um bom público, Durval de Moraes Farias fez questão de agradecer o apoio que está recebendo do prefeito Beto Preto e do vice-prefeito e diretor do Idepplan, Junior da Femac. “Tivemos ofertas de várias cidades do Paraná, incluindo Curitiba, Arapongas, Pato Branco, Francisco Beltrão, mas pesou na nossa decisão a localização de Apucarana e o apoio que está sendo direcionado pela administração municipal”, discursou o empresário.

Durante o evento, a ABS apresentou para autoridades e o público em geral sete aeronaves e fez decolagens e evoluções na região do aeroporto. Algumas acrobacias e vôos rasantes mereceram até aplausos dos presentes.

A indústria deve gerar de início cerca de 60 empregos diretos, mas com o desenvolvimento de dois novos projetos de aeronaves de asa baixa e de quatro lugares, a oferta de postos de trabalho deve crescer. A empresa também planeja estimular a formação de mão de obra especializada na cidade.

O investimento inicial da empresa será de R$ 6 milhões. Os modelos Alpha Bravo Super e Alpha Bravo Anfíbio têm custo que varia de R$ 230 mil a R$ 350 mil, de acordo com a sua configuração. As aeronaves têm velocidade máxima de 220 km/hr e uma autonomia de vôo de 5 horas, ou mil quilômetros de distância.

O diretor comercial da ABS, Milton Hossaka, reiterou que o mercado de aeronaves de pequeno porte está em expansão no mundo todo. “Nossa vinda para cá, busca proximidade com os maiores compradores deste tipo de avião, que são os paulistas, matogrossenses e paranaenses”, assinalou.

DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL – Durante a assinatura do termo de compromisso e cooperação para a instalação da empresa, o prefeito Beto Preto enalteceu as presenças dos empresários Jayme Leonel e Sebastião Ferreira Martins, além do diretor industrial da Acia, Wanderlei Faganello. “Também quero destacar a presença do ex-prefeito Voldimir “Mirão” Maistrovicz, que foi o responsável pela construção do aeroporto em sua gestão, no ano de 1982”, lembrou o prefeito.

Beto Preto anunciou que com este empreendimento Apucarana será recolocada no mapa do desenvolvimento. “Estamos recebendo a primeira empresa da Cidade Industrial da Juruba, o nosso novo parque industrial da região sul da cidade”, afirmou o prefeito.

Ele fez ainda um agradecimento especial ao diretor comercial da ABS, Milton Hossaka, cuja família é pioneira em Apucarana. “Estamos no caminho certo e continuo assegurando que vamos fazer a cidade avançar 20 anos em 4 anos”, concluiu Beto Preto.

MOMENTO HISTÓRICO – Para o vice-prefeito Junior da Femac esse é um momento histórico para Apucarana. “O aeroporto, que estava subutilizado, completou 31 anos neste dia 12 de outubro e agora com a chegada da indústria da ABS, sua oficina de manutenção e a escola de pilotos Alpha Bravo, Apucarana volta ao mapa aeronáutico do Brasil”, comentou Junior da Femac.

Segundo ele, infelizmente nas últimas décadas o aeroporto, com uma excelente estrutura, foi tratado com descaso pelos gestores públicos. “Estamos investindo na regularização de todos os equipamentos, sinalização e restauração da pista e, a partir de agora, vamos valorizar a logística de Apucarana, que está a apenas duas horas de vôo de Curitiba, são Paulo, Campo Grande, Foz do Iguaçu e de outros centros do Mercosul”, enalteceu o diretor do Idepplan.

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