Trabalhadores da Sanepar que deflagraram greve por tempo indeterminado mantiveram nesta sexta-feira (03/06) uma audiência com o prefeito de Apucarana, Beto Preto. Durante o encontro, o grupo pediu apoio ao movimento grevista e alertou que, caso não haja a abertura para diálogo por parte da concessionária, a população poderá sofrer consequências, como a falta de água.

Cerca de 80 trabalhadores da Sanepar atuam em Apucarana, mas eles pertencem à área de abrangência do Sindicato de Água e Esgoto de Londrina e Região (Sindael). De acordo com Alexandre Schmerega, presidente do Sindael, cerca de 70% dos funcionários de Apucarana aderiram ao movimento. “Somente estão sendo mantidos os serviços essenciais, como a captação de água e o tratamento de água e esgoto”, frisa Schmerega.

Todos os demais funcionários da área operacional, incluindo leituristas e manutenção de rede, paralisaram as atividades na última segunda-feira. “Estamos percorrendo as prefeituras, apresentando as reivindicações e alertando sobre uma eventual falta de água. Estamos pedindo uma correção linear de 11,08% que será dividida entre os trabalhadores, de modo a beneficiar especialmente aqueles que estão numa faixa salarial menor”, esclarece Schmerega.

O prefeito de Apucarana disse que irá redigir uma carta, que será endereçada ao diretor-presidente da Sanepar, Mounir Chaowiche, e ao gerente-geral da Sanepar da região Nordeste, Sérgio Bahls. “Nós ainda estamos em situação de emergência por causa das chuvas de janeiro, quando vários reparos foram necessários para restabelecer o abastecimento de água. Vamos redigir uma correspondência, expondo a reivindicação dos trabalhadores e solicitando a abertura imediata do diálogo, além de reforçar o alerta sobre a possibilidade da falta de água caso o impasse perdure”, finaliza Beto Preto.

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