Para conscientizar os responsáveis por prédios públicos, pertencentes ao município, Estado e União, sobre ações práticas para eliminar focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya, a Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana (AMS) promoveu hoje (11/03) um encontro no Salão Nobre ‘Michel Soni’, no prédio da prefeitura municipal. O veterinário Agnaldo Aparecido Ribeiro, diretor de Vigilância em Saúde da AMS, transmitiu aos presentes todos os detalhes sobre o inseto e os sintomas das três doenças. Representantes da Defesa Civil, Guarda Municipal, Policia Militar e Corpo de Bombeiros, também participaram do encontro.
Antes do encontro, o prefeito Beto Preto estabeleceu com a direção da Autarquia Municipal de Saúde ações que visam a visitação aos prédios públicos instalados na cidade, para eliminar focos do mosquito. “Mesmo com a situação da dengue sob controle em Apucarana, não podemos esmorecer e por esta razão determinei que os agentes de endemias façam vistorias nas instalações da Conab, Regional da Saúde, Unespar, UTFPR, DER, Delegacia de Polícia e Presídio, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Fórum, Justiça Federal, Justiça do Trabalho, pátio e estação ferroviária, escolas estaduais, Receita Estadual e Federal, entre outros locais”, disse o prefeito.
Ao fazer a explanação sobre as doenças, Ribeiro informou aos presentes que desde agosto do ano passado até ontem (10/03) Apucarana registrou 17 casos de dengue, sendo seis importados, e não há registros de zika vírus e febre chikungunya, apesar de casos suspeitos, dependendo de resultados de análise por parte do Laboratório Central do Estado (Lacen) para confirmação das doenças. “Os agentes de endemias continuam trabalhando por toda a cidade, visitando residências, comércio e indústria, para eliminar todos os focos encontrados, impedindo a disseminação das doenças”, completou o diretor.
O encontro de hoje reuniu servidores dos três entes da administração pública, pois há registros – não em Apucarana – de instalações públicas infestadas de mosquito da dengue. “É preciso uma atenção especial para com estes locais, principalmente onde há grande aglomeração de pessoas, como é o caso de escolas e instituições de saúde”, alertou o veterinário. Entre os muitos pontos apresentados, Agnaldo Ribeiro recomendou uma vistoria diária nas instalações – internas e externas – para eliminar possíveis focos. “Uma tampinha de garrafa que acumule água é suficiente para o desenvolvimento das larvas”, assegurou o diretor.
EDUCAÇÃO – Em dois períodos do dia – manhã e tarde – técnicos da Vigilância em Saúde da AMS estiveram no Núcleo Regional de Educação de Apucarana, apresentando questões relacionadas ao mosquito transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya. Os técnicos detalharam os cuidados a serem tomados nas instituições de ensino, pois entre os locais mais propícios para a proliferação do Aedes aegypti estão recipientes expostos à água da chuva, como lixo, calhas e ralos entupidos, pratos e vasos de plantas, reservatórios de água para animais domésticos, ocos de árvore, bromélias, caixas d’água e lajes. Ele recomendaram ser recomendado atenção aos potenciais criadouros internos, como vasos sanitários desativados, coletores de água da geladeira e do ar condicionado, suporte de garrafão de água, entre outros espaços.
CAIXA – Já nas duas agências da Caixa Econômica Federal de Apucarana, no período da manhã, foram desenvolvidas ações de Mobilização e Combate ao Aedes aegypti promovida pelo Governo Federal. O gerente da agência central, Paulo Sérgio Vançan, detalhou que o objetivo é inspecionar as agências e eliminar possíveis focos do mosquito. Em termos nacionais, a Caixa tem feito a limpeza minuciosa de 50 agências por dia e a previsão é que, até abril, toda a redede atendimentotenhasido inspecionada, garantindo que não haja acúmulo de água nas unidades do banco.
SANEPAR – No período da tarde, funcionários do escritório de Apucarana da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) estiveram reunidos com servidores da Autarquia Municipal de Saúde. O encontro serviu para detalhar questões relacionadas as três doenças – dengue, zika vírus e febre chikungunya – transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Os técnicos da AMS explicaram sobre os sintomas e quais ações necessárias para eliminação dos criadouros, recomendando repeti-las uma vez por semana, já que os ovos do Aedes demoram cerca de dez dias para se transformarem em mosquitos adultos.