A Ferrovia Norte-Sul, cujas obras já chegaram em Panorama, no Estado de São Paulo, terá o seu futuro traçado cortando todo o Norte do Paraná e a região sudoeste, até interligar com Chapecó, em Santa Catarina. A afirmação foi dada na tarde de ontem, em Curitiba, pelo ministro dos transportes, Antônio Carlos Rodrigues, ao participar de encontro com cerca de cem empresários e lideranças paranaenses, no Campus da Indústria, na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP).
O vice-prefeito de Apucarana, o engenheiro Sebastião Ferreira Martins Junior, o “Junior da Femac”, representou o prefeito Beto Preto no evento e se manifestou satisfeito pela informação transmitida pelo ministro. “A mais de dois anos o prefeito Beto Preto encampou essa luta, mobilizando prefeitos, deputados e lideranças da indústria e do agronegócio de todo o eixo Londrina-Maringá e, felizmente, estamos conseguindo manter o traçado original da ferrovia, que deve contribuir muito no desenvolvimento da nossa macrorregião”, avaliou Junior da Femac.
No evento, o ministro veio apresentar as obras contidas no plano de infraestrutura do governo federal, recém-divulgado pela presidente Dilma Rousseff e que implica em investimentos de R$ 198 bilhões em todo o País. Ao mesmo tempo, o setor produtivo do estado, junto com algumas lideranças políticas, apresentou ao ministro um conjunto de obras que consideram prioritárias. Além do vice-prefeito de Apucarana, também participaram os deputados federais Luiz Nishimori e Giacobo.
Conforme revela Junior da Femac, foi reivindicada prioridade para a ferrovia projetada no trecho entre Guaíra e Paranaguá, passando por Cascavel; Ferrovia Norte-Sul, passando pelo Norte do Estado; e a modernização da Ferrovia Central do Paraná, no trecho entre Apucarana e Ponta Grossa.
O ministro Antonio Carlos Rodrigues disse que conhece bem a realidade do Norte do Paraná e até revelou que já trabalhou na região, na cidade de Apucarana, no ano de 1973. “Com relação, especificamente, à Ferrovia Norte-sul, o ministro nos informou que até o final de julho aVALEC Engenharia, Construções e Ferrovias S.A (empresa ligada ao Governo Federal)conclui o estudo do traçado, contemplando todo o Norte do Paraná, e que, provavelmente, até o fim de 2015 acontecerá a audiência pública da obra, que antecede o processo de licitação da obra”, informou o vice-prefeito de Apucarana. “Para o Norte do Estado é de extrema importância que uma ferrovia moderna – com bitola de 1,60 metro – atenda a região, assegurando mais competitividade de mercado para diversos segmentos produtivos”, avalia Junior.
No Paraná, a Ferrovia Norte-Sul deve ter cerca de 650 km a um custo estimado de R$ 6 milhões por km. A ferrovia, que já é operacionalizada no Norte e Centro-Oeste do País, tem bitola de 1,60m e os comboios podem trafegar a uma velocidade de até 80 km por hora.
