O Instituto Ambiental do Paraná (IAP), liberou neste dia 12 de março, a licença prévia para o parcelamento de solo urbano, destinado a fins industriais. Trata-se de área da antiga Fazenda Juruba, na região Sul, junto à BR-376, que sediará a futura “Cidade Industrial de Apucarana”. Com a aprovação do IAP, que era aguardada a alguns meses, a prefeitura poderá encaminhar a estruturação da nova área industrial.
Ontem o prefeito Beto Preto, visitou o terreno acompanhado do vice-prefeito Junior da femac, e dos secretários Laércio Beani da Costa (Indústria), Herivelto Moreno (Obras) e Ewerton Pires (Meio Ambiente). De posse do projeto, o grupo definiu as primeiras medidas necessárias para a terraplanagem e abertura de ruas, depois que obtiver a nova autorização com a licença definitiva do empreendimento.
“Por enquanto temos a licença prévia, ou seja, o IAP autorizou a localização do novo parque industrial. Agora vamos encaminhar os projetos complementares e o plano de controle ambiental, que prevê todos os impactos da obra”, explica o prefeito Beto Preto.
O secretário de meio ambiente, Ewerton Pires, revela que agora o município irá protocolar junto ao IAP a solicitação da licença de instalação. Ele estima que até o início de maio a prefeitura deve obter o licenciamento.
Segundo informa o secretário de indústria e comércio, Laércio Beani da Costa, a estruturação da Cidade Industrial vai acontecer em três etapas, subdividindo a área de 550 mil metros quadrados em lotes de 1.000 a 1.500 metros. “Na primeira etapa será feito o arruamento e abertura de 100 lotes, depois virão as etapas posteriores de mais 97 lotes e a final com 40 lotes”, revelou Costa.
O novo parque, situado aos fundos do entreposto da Cocamar e ao lado do armazém do antigo Instituto brasileiro do café (IBC), também estará situado próximo do futuro contorno leste de Apucarana. A nova via ligará a região da Vila Reis com o Parque Industrial Norte, próximo da Grafinorte (Tribuna do Norte).
A área, que será dotada de toda a infraestrutura necessária, abre boas perspectivas para industrialização em Apucarana, notadamente para empresas de pequeno e médio porte. “Se houver interesse de empreendimentos de maior porte, vamos estudar algumas adequações”, assinala Beto Preto.
O prefeito anuncia que nos próximos meses, de acordo com a tramitação da licença de instalação junto ao IAP, será enviado para a Câmara de Vereadores um projeto de lei instituindo um novo formato para a liberação dos lotes às empresas. “Estamos nos espelhando em modelos bem sucedidos de outras cidades, como Maringá”, comentou Beto Preto, lembrando que o Tribunal de Contas do Estado não permite mais a doação simbólica de lotes.
INFRAESTRUTURA– Os serviços de topografia e elaboração de projetos complementares de infraestrutura, como esgoto, água, pavimentação, drenagem e energia elétrica, serão executados pela empresa VM Serviços Técnicos Ltda., de Maringá, contratada via licitação. “O projeto contempla a mobilidade, prevendo ruas largas para manobras de caminhões, ciclovia, calçadas, posto de gasolina, restaurante, enfim, todos os equipamentos necessários para um projeto desta magnitude”, informa ainda o prefeito.
Como diferencial, a Cidade Industrial de Apucarana vai contar com um centro administrativo. Trata-se de uma área que vai disponibilizar uma estrutura central para atender tanto aos empreendedores, quanto aos trabalhadores. O local vai disponibilizar espaço para instalação de postos de atendimento bancário, lotérica, escritórios de parceiros como UTFPR, Acia, Sebrae, entre outros ligados ao setor industrial.
MÃO DE OBRA –Junto da Cidade Industrial de Apucarana, em um terreno de 30 alqueires que também fazia parte da Fazenda Juruba, está em adiantado estágio de construção o Residencial Fariz Gebrim, com 911 unidades do Programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal.
O investimento é de R$ 55,6 milhões e está sendo executado pela Construtora Cantareira, de Maringá. O conjunto é direcionado à faixa 1, para famílias com renda de até três salários mínimos.
O prefeito Beto Preto (PT) destaca que o projeto habitacional aproxima os trabalhadores da Cidade Industrial. “Certamente muitos dos futuros moradores vão encontrar colocação profissional junto às centenas de empresas que vão se instalar e prosperar no conglomerado industrial”, frisa o prefeito.