A prefeitura de Apucarana realizou ontem (20) no salão nobre do paço municipal a última das seis audiências públicas sobre o transporte coletivo. Usuários interessados em apresentar os problemas e sugestões para a melhoria do serviço participaram das reuniões que também aconteceram nos núcleos Dom Romeu e João Paulo, Vila Reis, Centro da Juventude e Jardim Colonial.
As audiências públicas revelaram pontos comuns de necessidades como adequações de itinerário e mais opções de horários, aumentando a freqüência de passagem dos veículos nos pontos. A condição dos pontos de ônibus foi outra questão levantada nos seis encontros, com reclamações especialmente direcionadas a falta de cobertura. Também entra nesta lista a necessidade de melhorias no terminal urbano.
A presidente da Associação de Moradores do Residencial Interlagos, Elisabete de Souza, destacou a necessidade de mais horários de ônibus no bairro. “Temos na região mais de 500 usuários ao dia do transporte coletivo e a circular só passa de hora em hora. Esse tempo entre um ônibus e outro tem que ser reduzido”, defendeu.
O morador do núcleo da Fraternidade Natalino Miranda destacou os problemas em sua comunidade. “Estamos necessitando de mais horários, a volta dos cobradores e a cobertura dos pontos de circular. Do jeito que está é um descaso com os usuários. Agora, se realmente o que estamos pedindo for colocado no papel e cumprido vai ser muito bom para a população”, afirmou.
Concluídas as seis audiências, a coletânea das propostas vai ser elaborada e inserida no edital de licitação do novo contrato do transporte coletivo para os próximos 15 anos. Desde 1974, o serviço é explorado a título de permissão pela Viação Apucarana Ltda., mas a legislação atual exige que todos os municípios licitem o serviço.
“Essa forma participativa de administrar, ouvindo a população, que vem marcando a atual gestão. Todos os apontamentos serão levados ao conhecimento do prefeito Beto Preto, que vai nomear uma comissão para elaborar um documento prévio do edital. As reivindicações, sugestões e apontamentos que surgiram nas audiências devem ser contempladas na licitação do transporte coletivo”, destacou Ednei Mansano, mediador das audiências e assessor do gabinete municipal.
O presidente do Observatório Social, Mauro Carlos, comentou sobre a importância do diálogo com a população. “Essa audiência pública é oportuna e proveitosa. Ela diz respeito a um assunto que o observatório social vem tratando há algum tempo. Nossa meta é contemplar o passageiro. Buscamos sua tranqüilidade, conforto e pontualidade. Aliás, vamos bater muito neste último item. Os ônibus têm que ter pontualidade”, defendeu.
