Em mais um trabalho preventivo de proteção a mulher no município, a Secretaria Municipal da Mulher e Assuntos da Família buscou parceria junto a Autarquia Municipal de Saúde para desenvolver um trabalho educativo sobre o tema. O ponto de partida aconteceu no último final de semana com a entrega da cartilha entitulada “Todos e todas mobilizadas/os para o fim da violência contra a mulher” a agentes comunitários de saúde.
A cartilha mostra, por exemplo, que a violência contra mulher vai muito além da agressão física. Ela também pode ser psicológica, sexual, moral e até mesmo patrimonial, que neste último caso é configurada por atos de distribuição, venda ou furto de objetos e documentos pertencentes à vítima.
As orientações que constam nesta cartilha chegarão ao público alvo através da estrutura municipal de atendimento da saúde. Uma das informações essencial e de muita utilidade na prática é a relação dos locais onde as mulheres podem procurar atendimento nos casos de violência doméstica, seja de dia ou de noite.
Realizada no pólo da UAB, a solenidade de entrega das cartilhas foi marcada pela palestra da assistente social da Secretaria Municipal de Política para Mulher de Londrina, Sueli Galhardi. “A violência contra mulher é uma tema que deve ser debatido constantemente. Aqui hoje, estamos aproximando essa discussão dos profissionais da saúde pública. Há mais de 20 anos, em 1993, Organização da Mundial da Saúde (OMS) declarou a violência contra mulher um grave problema de saúde pública”, observa.
Participando do evento a convite da secretaria da Mulher e Assuntos da Família, Denise Machado, Sueli falou da importância de se manter uma rede municipal de enfrentamento a violência contra a mulher, bem como das vítimas notificarem as agressões. “Através das notificações teremos os indicadores para colocar em prática esse enfrentamento. A realidade ainda é muito cruel. Só entre 1997 e 2007, 32 mil mulheres foram assassinadas pelos seus companheiros no Brasil. É preciso agir para mudar esse quadro”, defende Sueli.