A convite da Secretaria da Agricultura da Prefeitura de Apucarana, o Delegado Federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário no Paraná, Reni Antônio Denardi, e o técnico de Operações de Cambé da Superintendência Regional da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), José Segundo Bosque, estiveram reunidos nesta quarta-feira (04/12) com cafeicultores familiares. No encontro, que aconteceu no prédio central da prefeitura, foram dadas orientações sobre como aderir ao programa de Aquisição do Governo Federal (AGF), que garante aos produtores preço mínimo na compra da produção de café arábica, e também como renegociar dívidas do Pronaf (Programa Nacional Fortalecimento da Agricultura Familiar).

Os trabalhos foram abertos pelo secretário da pasta, João Carmo da Fonseca, que resumiu o quadro de dificuldades enfrentado pelos cafeicultores de toda região e enalteceu os mecanismos de auxílio abertos pelo Governo Federal. “Este ano 99% dos nossos cafeicultores sofreram com as geadas e grande parte precisou erradicar a plantação, fazendo com que praticamente Apucarana não tenha produção até 2015. Somado a isso, o preço muito baixo da saca neste ano aumenta as dificuldades”, lamentou o secretário.

De acordo com estimativa da Secretaria Municipal da Agricultura, cerca de 70% do café colhido na metade do ano permanece nas tulhas. “Diante deste panorama o prefeito Beto Preto vem realizando todos os esforços possíveis para buscar soluções. Esta explanação técnica com a chefia de órgãos importantes de apoio à agricultura familiar faz parte deste processo”, explicou João.

Segundo informou o delegado federal do MDS no Paraná, Reni Antônio Denardi, o programa de Aquisição do Governo Federal (AGF) tem R$20 milhões alocados para atender ao Paraná, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Bahia. Somente para o Paraná estão destinados R$4.750.000,00. “Oitenta por cento dos cafeicultores no Brasil são agricultores familiares. Este é um instrumento de garantia de preços mínimos, que é colocado em prática quando as cotações de mercado estão abaixo do preço mínimo estabelecido para a safra vigente”, destacou Reni.

Na sua explanação, ele esclareceu ainda como funciona o programa de renegociação de dívida do Pronaf e o Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF). “Poucos produtores sabem, mas esta é uma ação que garante automaticamente um seguro de preço, uma compensação que o agricultor que tem o Pronaf recebe no caso de grande queda de preços de mercado do produto financiado. O benefício é dado na forma de desconto no valor de pagamento, socorrendo e recuperando, mesmo que parcialmente, os prejuízos que os agricultores tiveram”, disse Denardi.

Com relação à renegociação de dívidas com o Pronaf, o delegado federal do MDS no Paraná salientou que a Resolução 4289/2013 do Conselho Monetário Nacional permite a renegociação de parcelas já vencidas ou a vencer, entre 1º de julho de 2013 e 30 de junho de 2014. “Para tanto o cafeicultor deverá formalizar interesse junto ao agente financeiro até o dia 31 de janeiro de 2014”, explicou.

Os detalhes da operacionalização prática do programa de Aquisição do Governo Federal, com a forma de armazenagem, o tipo de café, preço, condições de aquisição, documentação necessária e períodos para adesão foram feitos pelo representante da Conab de Cambé, José Segundo Bosque.

Entre outras presenças importantes, o evento contou ainda com o chefe do Núcleo Regional da Seab, Paulo Franzini, responsável pelo Processo de Café da Emater de Apucarana, Marco Antônio Kazine Sanches, e ainda pela Conab os gerentes de Rolândia, Mário Nascimento, e de Apucarana, Jorge Raposo. “O cafeicultor que não teve a oportunidade de participar deste encontro e está interessado em vender a produção para o Governo Federa, pode obter todas as informações com a nossa secretaria”, comunica João Carmo da Fonseca, secretário da Agricultura de Apucarana. O contato é pelo 3423-5020.

Publicações Recomendadas