O resultado da política de valorização e fortalecimento dos micros e pequenos empresários, implementada pela atual administração municipal, já pode ser aferido através de números. Desde janeiro deste ano, na hora de ter acesso ao microcrédito, seja para capital de giro, investimento fixo (obras/reforma, aquisição de móveis, máquinas e equipamentos, ou investimento misto (capital de giro + investimento fixo), os empreendedores têm obtido um parceiro forte junto ao Banco do Empreendedor, do Fomento Paraná, que em Apucarana têm como agente financiador a Agência do Trabalhador. “Este é um programa especial, onde são concedidos créditos com juros menores que dos financiamentos tradicionais e prazos de pagamento com parcelas que cabem no caixa da pequena empresa, beneficiando uma parcela da nossa economia que mais precisa”, afirma o prefeito Beto Preto (PT).

Os valores financiáveis dependem da finalidade do financiamento e do tempo de atividade do empreendimento, e podem variar de R$1 a R$15 mil (ver tabela). “Temos uma equipe capacitada e à disposição de todos interessados, que podem procurar pelo microcrédito de segunda a sexta-feira”, reitera o prefeito. Ele adianta, entretanto, que no programa Banco do Empreendedor, quem investe em capacitação gerencial obtém juros menores. “O Fomento oferece cursos de capacitação em gestão de empresas, por meio do Programa Bom Negócio Paraná. Quem participa desses cursos de capacitação cumpre automaticamente o requisito e se candidata à faixa de juros ainda mais baixos”, relata Beto.

O balanço das transações realizadas até o mês de setembro foi divulgado nesta semana pela gerência da Agência do Trabalhador e revelou que o trabalho realizado, por intermédio do agente de crédito municipal, obteve o melhor desempenho dos últimos cinco anos no quesito concessão de microcrédito. “Até o final do ano a projeção é de que sejam concedidos pelo menos R$1 milhão a micro e pequenos empreendedores apucaranenses interessados em fortalecer ou expandir suas atividades”, revela Lucas Leugi, gerente da agência local.

Com dados do sistema Fomento.Net, o relatório revela que no intervalo de cinco anos – de 2008 a 2012 -, foram concedidos um total de R$929.907,68 em microcrédito, contra R$594.108,30 somente nos nove meses de 2013. “O que revela que nos últimos cinco anos a administração municipal, lamentavelmente, renegou este importante instrumento de apoio a micro e pequena economia, a um segundo plano. Para se ter um comparativo, em 2008 foram realizadas apenas seis operações, totalizando R$34.013,00 em microcrédito. Em 2009, foram 18 operações em um total de R$74.827,00. Já em 2010, foram feitas 30 operações totalizando R$138.086,16. Em 2011, foram concedidos R$190.899,17 em 33 operações e, em todo o ano de 2012, foram somente 57 operações e concedidos R$485.884,35 em microcréditos.

“Quer dizer, somente neste ano superamos todo o ano passado tanto em matéria de operações, foram 73 até agora, como em volume monetário de microcréditos concedidos, R$594.108,30”, destaca Lucas Ortiz Leugi, gerente da Agência do Trabalhador. Segundo ele, cada operação em média tem emprestado, em 2013, R$8.138,47 a juros baixos. “Proporcionalmente, até o momento os resultados obtidos por Apucarana só ficam atrás de Curitiba”, comunica.

Por aplicação, somente neste ano 43,75% dos recursos foram solicitados para investimento fixo, 39,06% para investimento misto e 17,19% para capital de giro. Grande parte, 62,5% foi concedida a pessoas jurídicas e 37,5% para pessoas físicas. “A distribuição por atividade é bastante ampla, com destaque aos micros e pequenos empreendedores que atuam na área de facção de peças do vestuário, que representa 20,31% do total de microcrédito concedido até o mês de agosto”, informa Leugi.

De acordo com ele, outros setores que figuram com destaque na obtenção de recursos junto ao Banco do Empreendedor, em Apucarana, são os ligados à área de estética, suvenires, bijuterias, montagem de móveis de qualquer material, confecção de roupas íntimas, comércio varejista de vestuários e acessórios, entre outros.

Proprietárias de uma pequena facção no Núcleo Habitacional Adriano Correia, especializada na montagem de bonés e boinas para fábricas de Apucarana, as sócias Eunice Astuti e Elaine de Souza, em março deste ano recorreram pela segunda vez ao microcrédito concedido pelo Banco do Empreendedor. Com o empréstimo de R$15 mil, que está sendo saldado em 36 prestações com juros mensais de apenas 0,93%, elas adquiriram máquinas novas para atender a demanda de serviços. “Esta é uma boa ajuda dada pelo governo, que dá oportunidade das pessoas abrirem ou expandirem seus próprios negócios, pagando com juros acessíveis, bem abaixo daqueles praticados pelos bancos tradicionais”, destaca Eunice.

A sócia Elaine conta que a linha de crédito concedida via Agência do Trabalhador de Apucarana contribuiu para que a empresa conquistasse a independência estrutural que buscou ao longo dos quase oito anos de atividade. “Iniciamos trabalhando com maquinário emprestado pelas empresas que terceirizavam nossos serviços. Atualmente, com o auxílio que encontramos junto ao microcrédito, conseguimos adquirir todas as máquinas e com isto podemos pegar mais serviço e atender com qualidade e agilidade os pedidos”, explicou Elaine.

A pequena facção hoje emprega sete funcionários, mas tem vagas para mais profissionais. “Infelizmente esta é uma realidade do mercado que atinge desde a grande fábrica, até a nós, pequenos, que é a falta de mão-de-obra disponível”, depõe Dona Eunice. Ainda em relação ao microcrédito, as sócias contam que frequentemente recebem contato de pessoas pedindo orientação de como tiveram acesso ao Banco do Empreendedor. “Em geral as pessoas têm muitas dúvidas do que devem fazer, do que precisa. Lá na agência eles explicam tudo muito bem e ainda oferecem curso de capacitação em empreendedorismo, que nós fizemos e nos ajudou muito na hora de investir o que emprestamos”, concluiu a empresária. Ela alerta, contudo, que ao pleitear os recursos as pessoas necessitam apresentar um avalista.

Banco do Empreendedor – Microcrédito

O Programa Banco do Empreendedor Microcrédito é uma linha de crédito desenvolvida pela “Fomento Paraná” para apoiar o crescimento e fortalecimento de pequenos negócios, que movimentam a economia local.

Quem pode obter o financiamento?

• Pessoas físicas que estão iniciando um empreendimento ou que já exercem uma atividade produtiva, mas ainda não formalizaram o negócio, seja como empreendedor individual ou empresa, que tenham faturamento bruto anual de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), e que precisem investir para iniciar, melhorar ou ampliar o empreendimento.

• Pessoas jurídicas que já possuam um negócio formalizado, com faturamento bruto anual de até R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais), e que necessitam de financiamento para melhorar ou ampliar as atividades e a produção.

O que pode ser financiado?

– Capital de giro (mercadorias para revender e matéria-prima para produzir);
– Investimento fixo (obras/reformas, aquisição de móveis, máquinas e equipamentos);
– Investimento misto (combinação dos dois acima).


O que não pode ser financiado?

– Pagamento de dívidas;
– Aquisição de veículos;
– Compra de imóveis ou pontos comerciais.
– Empreendimentos que utilizem mão de obra infantil ou escrava;
– Empreendimentos que não possuam licenças exigidas em sua atividade, como as relativas ao meio ambiente, saúde, segurança e outras. Quais são os valores e os prazos máximos de financiamento?

O
s valores financiáveis dependem da finalidade do financiamento e do tempo de atividade do empreendimento. Veja tabelam no site http://www.fomento.pr.gov.br.

Como solicitar o financiamento?

Os empreendedores interessados devem entrar em contato com o Agente de Crédito junto à Agência do Trabalhador de Apucarana, na Rua Renê Camargo de Azambuja, 705 – centro – telefone 3423-1376.

Publicações Recomendadas