O Departamento de Epidemiologia da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana contabilizou 36 notificações de casos suspeitos de dengue. Entretanto, poucos pacientes realizaram a coleta de material para análises no Laboratório Central do Estado (Lacen). A maior preocupação é para o risco de agravamento da doença, caso o paciente seja novamente picado pelo Aedes aegypti. Como forma de eliminar os focos do mosquito, equipes de agentes de endemias têm intensificado a visitação a imóveis das regiões onde há maior incidência do inseto.
O coordenador do setor de Vigilância Epidemiológica da Autarquia Municipal de Saúde, enfermeiro Luciano Pereira da Silva, disse hoje (06/02) que a situação está sob controle, “mas depende do paciente com suspeita da doença seguir as recomendações para evitar o agravamento da saúde”. Ele salienta que foram notificados 36 casos suspeitos de dengue, mas muitas pessoas não seguem a orientação de coletar material (sangue) para os exames no Lacen, preferindo realizar tratamento com antitérmico e analgésico. “Em Apucarana ainda não há registro, mas em outras regiões do País esta atitude trouxe consequências maiores, com agravamento do estado clínico do paciente após ser novamente picado pelo Aedes aegypti”, alerta o enfermeiro.
CAMPO – O superintendente em saúde da Autarquia Municipal de Saúde, Marcelo Viana de Castro, disse hoje que as equipes de agentes de endemias estão desenvolvendo um trabalho de campo mais intenso. “O resultado do Lira nos colocou em alerta e por esta razão o combate ao Aedes aegypti passou a ser prioridade em Apucarana. Os agentes irão visitar os imóveis das regiões onde foi constatado o maior número de focos do mosquito, para, assim, eliminar os criadouros”, justifica Viana.
Ele lembrou que a maioria dos focos foi encontrada em entulhos, sucatas e lixo (recipientes plásticos e latas), descartados pelos próprios moradores em terrenos baldios e mesmo nos próprios quintais. “Será sobre estes locais que o trabalho será mais intenso. Mas, para que alcancemos o objetivo de erradicar os criadouros, necessitamos do apoio da própria população, permitindo o acesso dos agentes nos quintais e outras dependências do imóvel, onde será aplicado o inseticida para eliminar o mosquito”, conclama o superintendente.